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sábado, 9 de novembro de 2013

UAU! VIDA REAL.


“Com imensa alegria e orgulho, mais uma vez faço me valer do tema que nos une e nos encanta. Do tema que é apenas nosso... o nosso amor. Esse sentimento doce e profundo  que enche nossos corações de tal forma, uniu nossas vidas em infinito viver, o qual, senti resplandecer todo o meu ser com toda sua magia e beleza; até mesmo distante.
Porque ele atravessa fronteiras, rompe barreiras, cruza o universo. É infinitivo. Hoje, tudo que fazemos e sentimos acontece igualmente para para nós. É este sentimento radiante, maravilhoso, quase indescritível.
Meu amor! Quero poder atravessar o tempo junto com você e espalhar a alegria que emana de nossas vidas. Fruto desse amor que nos une. Creia-me, acho até que somos pequenos para contê-lo. Tamanha a sua imensidão; sentimo-lo eu e você com certeza,  belo, forte, vivo, em toda sua magnitude. Eu quero vivê-lo junto a ti para sempre. Deixe-me te fazer feliz para sempre. Deixe-me te amar para sempre.
Neste dia tornamos-nos a pintura de um quadro raro; a música de uma sinfonia ímpar, apenas, dimensionando a todos que nos cerceiam o que representamos a cada momento, e que, de qualquer forma que seja, transmitimos sempre a verdade, paz, harmonia, alegria, e muito mais que isso; emolduramos com ternura o que mais belo um casal pode ter... viver o amor. Nós vivemos o amor e ele é atemporal. Não há lugar para nós; apenas ele existe para nós. E é esse amor que tem a magnitude do universo e a dimensão do infinito. Eu quero sempre ter de você para mim, pois, este amor só o temos uma vez na vida, e é com certeza, uma dádiva a qual Deus proporcionou a dois seres: estes somos eu e você. Você apareceu em minha vida, dela fez parte e tornou-se a minha vida. Você é a minha vida, e eu, só quero poder clamar ao mundo com o coração em alegria a tua existência e a tua presença ao meu lado.
Vivo hoje um estado de sentimento, de engrandecimento; todos atribuídos ao que espero compartilhar de tudo isso, e cada vez mais, me torna mais feliz e completo estando ao seu lado para sempre.
O tempo é testemunha, nós a prova do amor." (DJANGO)

Belo, forte e lindo... "mas sempre não é todo dia". 






REFERÊNCIA:

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domingo, 20 de outubro de 2013

SOMBRA


Emudeci completamente...
Capítulo XX, volume II, Dom Quixote de La Mancha, A julgar pelo título “onde se conta as bodas de Camacho (...) imaginei estar diante do pior capítulo entre os dois volumes do livro que conta a história do “Cavaleiro da Triste Figura”. Aparências... Cervantes foi completo ao descrever um submundo que não ouso expor nessas páginas e nem em qualquer outra. Trago neste blog a condição de refletir sobre assuntos diversos e expor, com singularidade, e a termo, a substância extraída das letras. Pasmem, mas neste, não posso e não devo adentrar. Como todos os episódios traçados por Cervantes nos dois livros, ignoramos o porque de tanta “embromação” ou “extensão desnecessária” da leitura. Isso, porque somos dotados de muita ignorância a ponto de não parar para raciocinar o que significa não só cada capítulo, mas cada palavra pronunciada por Cervantes. Em toda a minha vida, embora com pouca leitura, jamais me deparei com obra tão importante e significativa. Sua preciosidade é incomparável e acho que aqui está o principal Capítulo da Obra, onde podemos localizar as razões das loucuras de Dom Quixote, suas convicções em dizer, por exemplo, que bacia de barbeiro é “Elmo de Mambrino”, como também, a busca irretratável por “Dulcinéia Del Toboso”. Menciono, agora, apenas, uma das páginas em que será preciso observar e interpretar além do que possa parecer vulgar, mergulhe profundamente até chegar na total escuridão do mar. Especialmente as mulheres e mães. Atentai-vos bem e Conclua:

“Fez Sancho o que seu amo lhe mandava e, pondo a sela em Rocinante e albarda no ruço, montaram ambos, e passo a passo foram entrando pela ramada. A primeira coisa que Sancho viu foi uma vitela inteira, metida num espeto que era um tronco de árvore, e no fogo onde se havia de assar ardia um monte de lenha, e seis olhas que estavam à roda da fogueira não se tinham feito na panela comum das outras olhas, mas em seis tinas, que em cada uma cabia um rebanho de carne; por isso, também dentro delas havia carneiros inteiros, que nem se viam, exatamente como se fossem uns borrachos; as lebres esfoladas e as galinhas depenadas que estavam suspensas das árvores, para irem para o caldo, não tinham conta; as aves e caça de vário gênero eram infinitas, penduradas também das árvores, para esfriar. Contou Sancho mais de sessenta odres, de mais de duas arrobas cada um e todos cheios, como depois se viu, de vinhos generosos; havia rumas de pão alvíssimo, como costuma haver montes de trigo nas eiras; os queijos, postos como ladrilhos empilhados, formavam uma muralha, e duas caldeiras de azeite, maiores que as de uma tinturaria, serviam para frigir coisas de massa, que com duas valentes pás se tiravam para fora e iam para dentro de outra caldeira de mel preparado, que ficava próxima. Os cozinheiros e cozinheiras passavam de cinqüenta, todos asseados, diligentes e satisfeitos. No dilatado ventre da vitela estavam doze pequenos leitões que, cozidos por cima, serviam para lhe dar sabor e fazê-la tenra; as várias especiarias parecia que se não tinham comprado aos arráteis, mas as arrobas, e estavam francas numa grande arca.
Finalmente, o aparato da boda era rústico, mas tão abundante, que podia sustentar um exército. Para tudo Sancho Pança olhava, e afeiçoava-se a tudo. Primeiro renderam-no e cativaram-lhe o desejo as olhas de que ele tomaria uma malga de muito bom grado; depois prenderam-lhe a vontade os odres; e ultimamente as massas e doces; afinal, sem poder sem mais, chegou-se a um dos solícitos cozinheiros e, com razões corteses e famintas, rogou-lhe que lhe deixasse molhar um pedaço de pão numa daquelas olhas.
_ Irmão _ respondeu-lhe o cozinheiro _, neste dia, graças ao opulento Camacho, não tem a fome jurisdição; apeai-vos, vede se há por aí uma concha, escumai uma ou duas galinhas, e que vos faça muito bom proveito.
(...) Eu sou o deus poderoso. No firmamento e na terra, e no vasto mar undoso. E em tudo o que o abismo encerra no seu báratro espantoso, nunca soube o que era medo; tenho o mágico segredo: De conquistar o impossível, e em tudo quanto é possível, Mando, tiro, ponho e vedo.” (CERVANTES, 2007, p. 161-162 , VOL. II)

FRASE MAIS DESPREZÍVEL DO CAPÍTULO
"No dilatado ventre da vitela estavam doze pequenos leitões que, cozidos por cima, serviam para lhe dar sabor e fazê-la tenra; as várias especiarias parecia que se não tinham comprado aos arráteis, mas as arrobas, e estavam francas numa grande arca."

REFERÊNCIA:

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha.Tradução: Conde de Azevedo e Visconde de Castilho. São Paulo: Martin Claret. Vol. II, 3ª ed. 2007



terça-feira, 15 de outubro de 2013

CASA DE DOIDA E SOBERBOS




"Quererias que eu lhe chamasse asno, atrevido e mentecapto; mas tal não me passa pelo pensamento; castigue-o o seu pecado e trague-o a seu bel-prazer, e que lhe não faça engulhos. O que não pude deixar de sentir foi que me apodasse de manco e de velho, como se estivesse na minha mão demorar o tempo, que parasse para mim, ou como se se tivesse saído manco de alguma rixa de taberna, e não do mais nobre feito que viram os séculos passados e presentes, e esperam ver os vindouros. Se as minhas feridas não resplandecem aos olhos de quem as mira, são estimadas, pelo menos, por aqueles que sabem onde se ganharam; que o soldado melhor parece morto na batalha do que livre na fuga: e tanto sinto isto que digo, que, se agora me propusessem e facilitassem um impossível, antes quisera ter estado naquela peleja prodigiosa do que são das feridas sem lá me ter achado. As cicatrizes que o soldado ostenta no rosto e no peito são estrelas que guiam os outros ao céu da honra, e ao desejar justo louvor; e convém advertir que se não escreve com as cãs, mas sim com o entendimento, que costuma aperfeiçoar-se com os anos. Senti também que me chamasse invejoso e me descrevesse, como a um ignorante, que coisa seja a inveja, que, verdade, verdade, de duas que há, eu só conheço a santa, a nobre e a bem-intencionada; e sendo, assim como é, não tenho motivo para perseguir nenhum sacerdote, que, de mais a mais, seja também familiar do Santo Ofício; e se ele o disse referindo-se a quem parece, de todo em todo se enganou, que desse tal adoro eu o engenho, admiro as obras e a ocupação contínua e virtuosa. Mas, efetivamente, agradeço a este senhor autor o dizer que as minhas novelas são mais satíricas do que exemplares, porque isso mostra que são boas, e não o poderiam ser se não tivessem de tudo.
Parece-me que dizes que ando muito acanhado, e que me mantendo demasiadamente dentro dos limites da minha modéstia. Sabendo que se não deve acrescentar mais aflições ao aflito, e as que este senhor deve ter são grandíssimas, sem dúvida, pois não se atreve a aparecer em campo aberto e com céu claro, encobrindo o seu nome e fingindo a sua pátria, como se tivesse feito alguma traição de lesa-majestade. Se porventura chegares a conhecê-lo, dize-lhe da minha parte que me não tenho por agravado, que bem sei o que são tentações do demônio, que uma das maiores é meter-se-lhe a um homem na cabeça que pode compor e imprimir um livro com que ganhe tanta fama como dinheiro e tanto dinheiro como fama (...)"
"Pensarão agora Vossas Mercês que é pouco trabalho inchar assim um cão?" [CERVANTES, 2007, p. 7-9, VOL. II]

REFERÊNCIA:

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha.Tradução: Conde de Azevedo e Visconde de Castilho. São Paulo: Martin Claret. Vol. II, 3ª ed. 2007)



sábado, 12 de outubro de 2013

VENCEDORES



     Carta Anônima


    
     Tive ímpeto de ir adiante, de me atrever a dar mais alguns passos. Seria uma catástrofe. Ninguém conhece a vida como eu, ela é tão baixa, tão vil, que não se pode medir o tamanho da sua maldade. Ela coloca em nossas vidas pessoas e momentos que vão nos arrasar. Ainda assim, nos dá a capacidade de conseguir plenamente se levantar. Mas as marcas ficam eternamente. Nunca nos esquecemos das vezes que choramos em silencio, que caímos na vala mais profunda, mas, mesmo assim fingimos estar bem. Nos demos por vencedores.
     A verdade é que, se não se olha por onde pisa, a queda é incrivelmente dolorosa. E se não se sabe para onde vai; não ir é a melhor escolha. Coisas simples são tão complexas que não percebemos sua beleza. E todos nós temos um sexto sentido. Quanto mais vivemos iludidos pela beleza das palavras que esperamos ouvir, menos conseguiremos ouvir bons conselhos, que para nossa percepção, com o ego cego, são destrutivos. E é por aí que começa a queda. Aos poucos uma pequena pedra que desce uma montanha se torna a enorme bola de gelo. Fria e indestrutível.
     Algo como viajar ou comer sua comida preferida, não é felicidade. Ser feliz não é algo que se consiga com a combinação de momentos e coisas que te fazem feliz momentaneamente, felicidade é ter tudo que se precisa para sobreviver, ou não ter nada e ser tudo o que se precisa para ser alguém na vida. Viver sem olhar para os lados, ou para trás, é alienação. Desprender-se do passado é algo impossível, ele é responsável por quem você se tornou; não se deve tentar esquecê-lo. Viver sem olhar para os lados é burrice, pois você não sabe quem está ali para te guiar, e quem está ali para te dar uma rasteira. Olhe para todas as direções, a felicidade está onde menos se imagina, e ela se manifesta silenciosamente, de forma que só se percebe que é felicidade, tempos depois. Então, aproveite cada momento como se fosse o último, pois realmente, cada um deles é único, portanto, o último. E ame todos a sua volta, mesmo os que te maltratam, pois assim, a amargura não tomará conta do seu ser, dando à felicidade a passagem até você. E, principalmente, tome cuidado com o que diz, meça as palavras antes de dizer qualquer coisa, pois uma única palavra pode despertar um grande amor, como também pode fazer de alguém, seu inimigo mortal. Leve tudo na brincadeira; a vida é um jogo; mostre a ela que sabe jogar.
     E por fim, seja eternamente feliz, como lhe foi escrito no destino. Cada um de nós tem o poder de mudar o destino, com nossas ações. Faça escolhas certas.



                                             Ninguém
Texto: Yuri Hermann
Com tanta maturidade, Yuri, só me resta dizer a você... PARABÉNS! Nesta data tão significativa, dedico a música de Mercedes Sosa aos meus filhos, Yuri e Erik. Amanhã, entenderão o que eu quero dizer. Sorte, muita sorte na vida meus amores.









quarta-feira, 9 de outubro de 2013

RELACIONANDO AS MOSCAS E VERMES

Este espaço está reservado para relacionar, a longo a prazo, os mercenários e dementadores murtenses que utilizam do cargo público para formar bandos e capatazes na utilização de tortura psicológica , e consequentemente, física, de cidadãos respeitáveis e anti corrupção. É crime inafiançável, imprescritível, sem graça e sem anistia! Artigo 5º da Constituição Federal, incisos XLII; XLII e XLIV. Uma historinha fantástica que valoriza a vida humana contra a tirania de um período mínimo de 11 (onze) anos de tragédia e perseguição. Dedicaremos a relacionar, apenas, os catervas ilustres e residentes no arraiá.

1. "Caixa de Ressonância"
BINGO! "(...) me repreenderão os ignorantes, mas não me condenarão os justiceiros." Depois de todo o discurso dirigido exclusivamente as moscas contentes e vermes fedentes, mostrou as caras quem faltava na peça do quebra cabeça. Morena, alta, e a mesma caixa de ressonância de sempre. Porém, uma pequena renovação deste ser reluz nas redes sociais do FACEBOOK. Em aparência distinta de sua personalidade, aparece na respectiva rede trajando os paramentos de freira e com uma bíblia na mão. "Sangue de Jesus tem poder", Eis aí uma peça valiosa dentre outras já nomeadas como catervas de elite.  Que as bençãos de toda santidade caiam sobre ti.
Tanto a desejo na graça por ser "única em engenho, única em cortesia, extrema em gentileza, magnífica sem senão, grave sem presunção, alegre sem baixeza, e finalmente, primeira em tudo que é ser bom, e em segundo, em tudo que é desafortunado." 
Alegrar-vos-emos com tua presença e boa fama, pois, moscas e vermes não necessitam de cérebro. Quanto no respeito, por girar com os moinhos de vento, adquirindo por prêmio, "despojo da morte no meio da carreira da sua vida", a qual, procurava eternizar para que vivesse na memória das gentes.

2. Astronauta de Esgoto
Era previsível sua ostentação como braço direito da corrupção, mas não o era, quando da capacidade de torturar noite e dia sem razão.



1. "Top Dedo-duro Tanajura"
"A criança nunca sabe o que é um martelo até confundir o dedo com o martelo." (Stephen King)
Investindo em escárnio e espionagem a top do pelotão de monstros, vem recolhendo o dízimo público que a deixa ao alcance do Lixo a qual nunca saiu ao Luxo.  Renega a sua raça e o remédio é fingir com extrema pomposidade para parecer vencedora. É! Ela vai vencer! Vencer na vida onde estão festejando os vermes e os oradores de olhos vermelhos.  Pois é, essa aí está se especializando em atuar  nas situações de questão social, e, obrigatoriamente nas políticas sociais públicas, privadas, com o objetivo de mudar os rumos das políticas sociais do país. COF! COF! COF! COITADO DO POVO! Que escárnio! Ah, não! Não é verdade! Ela vai sair da função de Administrativo para nível superior já que acabou de obter graduação. Mais um contrato pessoal!  Seria bom mesmo... porque conviver com isso todos os dias, hummmm, que nojo! A morena escura, igualzinha a figura corcuuuunda ao lado, é a criatura em pele e osso. É um tal de saber quem tem as informações mais frescas para salvar a CORRUPÇÃO por aqui, que ninguém imagina o tamanho da boca da monstrenga. Procurem aos arredores de Vespasiano-MG e vão ver que não estou dizendo mentiras e nem exagerando. Perfil completo e o que salva é só a cor da pele negra. E para terminar, tenha certeza que a asa é de mosca e nada tem de ilustre. Só tenta IMITAR o que está fora do seu alcance, mais uma caterva que não pode faltar entre as moscas e vermes aqui relacionadas. A frase preferida dela é "HEI DE VENCER!" Combina com a carteira de identidade.

EM CONSTRUÇÃO...





sábado, 28 de setembro de 2013

MOSCAS CONTENTES E VERMES FEDENTES


Nesta manhã... pude ver o caminhar de quem não sabe andar.
Para agradar Dom Ratão a moscaria seguia a rua principal do lixão. Cantarolavam como prece a espera de um milhão:

"Não fique triste que esse mundo é todo teu. Tu és muito  mais bonita que a camélia que morreu"
"Mamãe eu quero mamar!

_Aí bate o ponto _ respondeu Dom Quixote _ aí é que está o fino do meu merecedor caso; ensandecer um cavaleiro andante com causa não é para admirar nem agradecer: o merecimento está em destemperar sem motivo, e dar a entender à minha dama que se em seco faço tanto, em molhado o que não faria? Quanto mais, que razão não me falta com larga ausência que tenho feito da sempre senhora minha Dulcinéia del Toboso! (...)´Quem está ausente, não há mal que não tenha e que não tema´. Portanto, sancho amigo, não gastes tempo em me aconselhar que deixe tão rara, tão feliz e tão nunca vista imitação. 
Louco sou, e louco hei de ser até que me tornes com a resposta de uma carta que por ti quero enviar à minha senhora Dulcinéia; e se ela vier tal como lho merece a minha lealdade, acabar-se-ão a minha sandice e a minha penitência; e se for ao contrário, confirma-me-ei louco deveras, e assim não sentirei nada. Portanto, de qualquer maneira que ela responda, sairei do trabalhoso passo em que me houveres deixado, gozando ajuizado do bem que me trouxeres, ou, se me trouxeres mal, deixando por louco de o sentir. Mas dize-me cá, Sancho, trazes bem guardado o elmo de mambrino? Que eu bem vi que o levantaste do chão quando aquele desagradecido o quis espedaçar, mas não pôde, prova de fineza da sua têmpera.
(...) olha, Sancho, (...) tens o mais curto entendimento que nunca teve, nem tem, escudeiro do mundo. Pois, é possível que andando comigo há tanto tempo, ainda não tenhas reconhecido que todas as coisas dos cavaleiros andantes parecem quimeras, tolices e desatinos, e são ao contrário realidades? E donde vem este desconcerto? Vem de andar sempre entre nós outros uma caterva de encantadores, que todas as nossas coisas invertem, e as transformam, segundo o seu gosto e a vontade que têm de nos favorecer ou destruir-nos. Ora aí está como isso, que a ti te parece bacia de barbeiro, é para mim elmo de Mambrino, e a outros se figurará outra coisa, e foi rara providência do sábio que me favorece fazer que pareça bacia o que real e verdadeiramente é elmo de mambrino; e a causa vem a ser; porque, sendo ele traste de tanto apreço, todo o mundo se o conhecesse, me perseguiria para mo tirar; como porém entendem que não passa de bacia de barbeiro, não fazem caso de se matar por ele, como bem mostrou por sua parte o que diligenciou quebrá-lo, e o deixou no chão em vez de o levar; conhecera-o ele, e veríamos se o deixava assim. 
(...) _ Já tenho dito, e por muitas vezes, Sancho _disse Dom Quixote _ que és um grande falador; e, ainda que de bestunto roceiro, muitas vezes frisas em sutil; contudo, para te convencer de quão rombo és tu, e eu discreto, quero que me ouças um breve conto. (...) Assim, Sancho, para o que eu quero a Dulcinéia del Toboso tanto vale a ela como a mais alta princesa do mundo. Olha que nem todos os poetas que louvam damas debaixo de um nome que eles arbitrariamente lhes põem as têm na realidade. Pensas tu que as Amarilis, as Filis, as Silvias, as Dianas, as Galatéias, e outras queijandas de que andam cheio os livros, os romances, as lojas de barbeiros, os teatros das comédias, foram realmente damas de carne e osso, e pertencem aqueles que as celebram  e celebraram? Decerto que não. As mais belas inventaram-nas eles para assunto dos seus versos, e para que os tenham enamorados, e homens de valia para o serem. Segundo isso, baste-me a mim pensar e crer que a boa da Aldonça Lourenço é formosa e honesta. Lá a sua linhagem importa pouco; não hão de ir tirar-lhe as inquirições para dar-lhe a algum hábito; para mim faço de conta que é a mais alta princesa do mundo. Porque hás de saber, Sancho, se o não sabes, que há duas coisas só que que mais que todas as outras incitam a amar; são a formusura e boa fama; e ambas estas coisas são em Dulcinéia extremadas, porque em lindeza nenhuma a iguala, e em boa nomeada poucas lhe chegam; e, para acabar com isto, imagino eu que tudo que te digo é assim, sem um til de mais nem de menos; pinto-a na fantasia como a desejo assim nas graças como no respeito; nem Helena lhe deita águas ás mãos, nem Lucrécia, nem outra alguma das famigeradas mulheres das idades pretéritas, grega, bárbara ou latina; digam o que quiserem; se por isto me repreenderem os ignorantes, não me condenarão os justiceiros.

Ditosos e felicíssimos tempos, em que ao mundo veio o tão audaz cavaleiro Dom Quixote de la Mancha pela sua mui honrada determinação de restituir ao mundo a já quase esquecida ordem da cavalaria andante! Saboreamos nós agora, nesta idade tão falta de passatempos alegres, a doçura de estarmos lendo a sua verdadeira história e os contos que nela se travam como episódios; estes em boa parte não são menos agradáveis, artificiosos e  verdadeiros que a história mesma.
_ (...) Ai, desditosa! quão mais agradável companhia não farão estas penhas e moitas ao meu sentimento, pois me proporcionarão comunicar estas queixas com o céu, e não a criaturas humanas! Na terra já não há com quem se possa tomar conselho nas incertezas,alívio nos queixumes, nem remédio na desgraça.
(...) Talvez que a minha pouca ventura só nascesse da que também lhes faltou a eles por não nascerem ilustres. Verdade é que não são humildes que se devam envergonhar do seu estado, nem também tão altos que me tirem a cisma em que estou de ser a minha desgraça efeito da sua humildade. (...) porque a experiência me tinha ensinado ser a música uma suavizadora dos ânimos alterados e um alívio para os trabalhos de espírito. 
(...) se tão por miúdo a contei (a vida), não foi por ostentação, nem por alardo de riquezas, mas só para que reconheça quanto sem culpa caí daquele bom estado neste em que hoje me encontro.

REFERÊNCIA:

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha.Tradução: Conde de Azevedo e Visconde de Castilho. São Paulo: Martin Claret. Vol. I, 3ª ed. 2007, p. 265, 266, 272, 273, 305 e 309.

Pela Senhora Dulcinéia del Toboso, a Camélia e a Jardineira vivem muito mais que antes. São o que há de melhor.






sábado, 14 de setembro de 2013

NATURALLY



Se as mensagens que conhecemos e adoramos fossem aplicadas para que pudéssemos transformar nossas vidas, não teríamos que dos erros se arrepender. Mensagens maravilhosas que tocam o coração e que as desejamos a todos que amamos. Beleza que se perde no cotidiano diante da nova era que surge e que fascina. Enquanto bitolados no mundo virtual de obscenidade, mentiras, fantasias, entranhando-se cada vez mais nesse mundo alegre de emoções que nos fazem acreditar que somos mais felizes, perdemos nossas garantias de viver "os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa",  da cooperação entre os povos, da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem.  Mergulhamos no sonho de vida melhor, em que pessoas sem escrúpulos nos oferece com muita facilidade. Por isso, sem perceber, abrimos mão de Direitos sagrados e substanciais. A natureza é o melhor reflexo das condições primárias que todo ser humano necessita para sua sustentabilidade e sua degradação o melhor exemplo de nossa inércia. E o que fazemos diante das perdas? Nada, pois, os efeitos ainda não são vinculantes, mas individuais e raros. Verse sobre o que versar, o direito substancial é sua própria vida da qual não se pode dispor. Está chegando o momento em que teremos que decidir nossas vidas com harmonia, seja qual for a verdade. Sem saber que caminho seguir, ficaremos defronte a dúvida. O futuro brilhante estará em cada um de nós exercer atividades que devem convergir para o bem de todos. "Levante todos aqueles que estiverem caídos ao seu redor, você não sabe onde seus pés tropeçarão."