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quinta-feira, 25 de julho de 2013

"ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS"

 Pequena atualização ao final em 07.09.2017

UMA INTERPRETAÇÃO DO "MUNDO SUBTERRÂNEO"
Sem mergulhar na sequência de fenômenos psíquicos – imagens, representações, atos, idéias, que fazem parte do mundo de fantasias de Alice, o sonho, o ego, o superego, ser ou não ser ela, um reflexo de todos os personagens envolvidos na trama, e das inúmeras considerações analíticas, dedico apenas a criticar a sociedade da época. Uma viagem no tempo dando ênfase a tudo aquilo que não se pode ver.

Família, sociedade, status, Estado. “Nobreza, tortura, hierarquia, nomeações, tudo isso vos trás orgulho!”

“Podemos ver essas famílias burguesas em harmoniosos almoços nas telas impressionantes, observá-las, com filhos e tudo, em ilustrações de época, apreciando os itens expostos na grande exposição de 1851, em Londres; e acompanhar seus movimentos no palco, nas peças de Schnitzler, envolvidas em tramas amorosas, interessantes e multifacetadas, em toda a sua gloriosa sobriedade. Tal como em outras sociedades ou classes, os burgueses do século XIX construíram suas próprias racionalizações, que lhes permitiram atacar a outrem, criticar, ridicularizar, policiar e excluir, explorar e as vezes matar. E apesar de todas as suas percepções de um mundo perpetuamente ameaçador, os vitorianosforam extremamente comedidos em seu comportamento doméstico e social em comparação com outros burgueses.” (MINCHILLO, 2005)

Uma narração refinada sobre a origem da vida, seus atores e um lugar que não existe. O álibi perfeito para retratar o que somos e onde estamos, ou seja, “no país das maravilhas”.
Carrossel de sonhos que flui ao redor do mundo na materialização de nosso contexto histórico. O foco central dessa materialização é demonstrado a partir de um “Mundo Subterrâneo” onde apenas os sábios, os matemáticos e os convidados poderão alcançar. Por vias criteriosas e secretas, a primeira aparição geográfica é representada pela sociedade burguesa e pelo “White Rabbit”, embora haja uma alusão clandestina deste último perante essa sociedade, ambos possuem ramificações ascendentes.
O manipulador “White Rabbit”, está sempre compressa e observando o relógio (tempo). A questão do tempo, é indispensável para retratar um intervalo que deve separar dois impulsos consecutivos e dois acontecimentos. Tempo, também, em que uma mensagem é gerada até o instante em que é recebido. É preciso distinguir o que é Real e o que é Irreal.
Quando Alice é induzida a seguir o coelho branco até a toca, ela cai para o interior desta que mais parece um “Túnel do Tempo”, traduzido por, objetos antigos variados e flutuantes, tais como, um bule, quadros, estantes, trono ou cadeira, escrivaninha, livros, caveira, um piano que trás a imagem do assustador Freddy Krueger; uma cama que amortece a queda de Alice, e que por outro lado, insinua tantas emoções monárquicas ...
Atenho-me a dirigir esses objetos sumariamente a uma análise de retorno ao passado.
Exsurgindo de uma matriz confusa, Alice se vê em um espaço físico limitado e um mundo de cabeça para baixo. Sua cabeleira remonta uma peruca à francesa, mais inglesa. O interessante é que o solo onde ela cai possui formato de um tabuleiro de xadrez dentro de uma Capela. As indicações materiais e monumental da construção, foram minuciosamente detalhados na cena – das portas ao teto; como de costume no período.
O jogo é a base de tudo e a estratégia está em como essas peças ficarão dispostas, até o então, irrevogável xeque-mate. Ao apontar a geografia, o problema e o desafio, notar-se-á que a história sempre foi e sempre será linhas de forças e combates; e de que modo a verdade da história pode ter efeitos políticos.
A questão que nos inquieta é como as instituições (Estado, família, trabalho e etc.) se comunicam diante de uma sociedade de controle e de disciplina. Como fugir disso?
“Sob um primeiro olhar, parece-nos impossível pensar em algum tipo de resistência ao império das imagens veiculadas nos meios de comunicação de massas.” (MENDONÇA, 2003)
Era preciso acreditar. Não há lugar para as dúvidas, mas para os riscos.
Diante dessas considerações, arriscar seria o caminho mais sensato; e mais que obedecer as regras, era iniciar onde “principia a intuição”. Nesse impasse, a vida sempre nos dá opções para fazer nossas escolhas, e a Alice, foi concedido duas: na mesa, um suco onde o rótulo determina –“ BEBA-ME”. No chão, uma fatia de bolo onde rótulo determina “COMA-ME”. Percebe-se aqui, uma referência religiosa que se manifesta como um ato de Eucaristia: “Tomai e comei todos vós, este é o meu sangue e o meu corpo que é dado por vós.”
Tal como, todos os aflitos e oprimidos, Alice se entrega a “primeira virtude Teologal: adesão e anuência pessoal a Deus, seus desígnios, e manifestações”. Fonte de vida, de salvação e realização. “Arbusto da família das malváceas, cujas flores, púrpuras, se comem cozidas ou em saladas, campainha.”

Mil bênçãos lançaram Alice para fora do tabuleiro de xadrez ao “País das Maravilhas”. Belo, mágico e colorido, mas sombrio e perigoso. “Halo”! Sua áurea revestida de esplendor moral, prestígio e glória são recebidas pelo reino animal convergente: um porco que atravessa o caminho de Alice; e em seguida, um Dragão e um Cavalo Branco. A tríade de uma rede global que simboliza Povo, Poder e Resistência, respectivamente. E o que um porco estaria fazendo nesse mundo de belas fantasias, embora obscuro?
Comparando a nossa realidade, os porcos somos nós saindo do espeto para a degustação saborosa, lenta e sarcástica da POLÍTICA IMUNDA.

Exemplificando o comentário, a Rainha de Copas ao sentar em seu trono, exclama: “Adoro uma barriga de porco sob os meus pés doídos”

Por outro lado, temos o reino vegetal que deve despertar-se com senso e lógica e contagiar a sociedade em nome da democracia real e inibir os atos violentos do soberano e seu governo totalitário.
Posto assim, a fauna e a flora, com admirável beleza e ao som do orvalho que cai ao amanhecer ecoa bravamente:




“vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer... Pelos campos há fome em grandes plantações. Pelas ruas marchando indecisos cordões. Ainda fazem da flor, seu mais forte refrão. E acreditam nas flores vencendo o canhão...” (Vandré)


Neste “Mundo Subterrâneo” comandado pela Rainha Vermelha ou Rainha de Copas, o povo enfrenta um período difícil, motivo pela qual a menina Alice tem o destino de trazer de volta a glória do lugar. Este seria apenas mais um combate de muitos outros que ocorreram no passado e muitos que ainda estão por vir.
“O Mundo Subterrâneo sempre foi o mundo subterrâneo desde o início, não importa quem esteja no trono. E permanecerá o Mundo Subterrâneo até o fim.” (Disney Mania)
Reunindo-se com os habitantes da terra, Alice encontra amigos e inimigos, os destacamos abaixo, UMA PARÁFRASE DO SITE DINEY MANIA:

O CHAPELEIRO MALUCO

O maior amigo de Alice. Não demonstra suas emoções abertamente. O humor é agregado em seu rosto e em suas vestes. Talvez, por ser ele vítima desse mundo cão, silencia algo que não poderia vencer sozinho sem a ajuda de Alice.

O GATO RISONHO

Possui habilidade de ser invisível. Cabeça sem corpo. Sorriso largo que quase toma toda a cabeça. Irônico. Fala cantada como de um diplomata.
Características que revelam uma região inglesa onde os “gatos” comem os “ratos”, quer dizer, uma elite mais inteligente e nobre que comanda os mais estúpidos e que nasceram para serem servos, mesmo que estes estejam em alto escalão da nobreza.
Gato Risonho: Parece que você fugiu assustada de alguma coisa com garras fortes.
G: Você precisa ser purificada por alguém com a habilidade de evaporar, senão apodrecerá e putrefará.
G: Eu nunca me envolvi em política.
Extrapolando um pouco; não posso deixar de relacionar o “sorriso” do Chessur com “Mozart”. Foi a primeira imagem que tive reforçada pela momento em que Chessur diz a alice que ela tem que ser “purificada”. Nas palavras de Mozart, exemplifico:



“Mozart em alguma medida ecoou todas essas crenças e opiniões, como sua correspondência atesta. Condenava os ateus - chamou “Voltaire” de "ímpio arquipatife" - e fez em muitos momentos menções devotas a Deus. Tinha grande sensibilidade para as desigualdades sociais e um agudo senso de amor próprio, e uma carta que escreveu após seu confronto com o patrão Colloredo é ilustrativa nesse sentido. Nela ele diz: "O coração nobilita o homem e, se seguramente não sou conde, talvez tenha em mim mais honra do que muitos condes; e, lacaio ou conde, na medida em que ele me insulta, ele é um canalha.” (Wikipédia)

“Gatinho Cheshire, que caminho devo seguir? – perguntou Alice.
“Depende onde você quer chegar, respondeu o gato.
“Mas eu não quero me encontrar com gente louca”, observou Alice.
“Você não pode evitar isso”, replicou o gato.
“Todos nós aqui somos louco. Eu sou louco, você é louca”.
“Como você sabe que eu sou louca?” – Indagou Alice.
“Deve ser”, disse o gato, “Ou não estaria aqui”.

Sem adentrar na questão que envolve todos os grandes gênios de nossos antepassados e considerados LOUCOS por sua genialidade, vamos enfatizar simbolicamente, “A história da Loucura” afirmada por Michel Foucault. Também, relacionar um desabafo excepcional de Hebert Viana e tirar suas próprias conclusões:

“(...) a máxima moderna é uma só: pagando bem que mal tem? Não importa os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa (...)”

A fome, a Corrupção, roubar, matar, mentir, obter conquistas sexuais, sem limites ... é normal. Saudável. "O PAÍS DAS MARAVILHAS"! Loucura, psicopatia, anormalidade é você lutar pelo amor, pela verdade e pela humanidade. Mais uma vez, busco em Mozart o que há de mais saudável, eu que um dia o chamei de LOUCO.



"Ele é demasiadamente confiante, demasiadamente inativo, demasiadamente fácil de apanhar, demasiadamente pouco atento para os meios que podem levar à fortuna. Para causar uma impressão aqui, deve-se ser arguto, empreendedor, ousado. Para fazer fortuna, eu desejaria que ele tivesse metade do seu talento e duas vezes mais astúcia.”

IRACEBETH, A RAINHA DE COPAS
(ou Rainha Vermelha)

Representa uma crítica a Monarquia Tirana da Inglaterra no passado. Com sua cabeça enorme, temperamento egoístico e nervoso; gritar era seu ponto forte e autoritário. Seu nome justifica seus atos e sua época (IRAceBETH). Suas ordens se resumiam sempre em: “ Cortem-lhe a cabeça!” Sátira as punições e castigos próprios da época.
Importante ressaltar a natureza moral e emocional da Rainha de Copas (vermelha), considerando que todas as coisas no castelo possuíam a forma de um coração, inclusive suas roupas e sua boca. Com tanta malvadeza que lhe é conferida, por que não a Rainha de Espada? No entanto, além de representar um jogo de cartas, ela é, acima de tudo, a RAINHA DE COPAS.
Mais um jogo no filme e vejam como é sugestiva suas origens. Bem diferente do jogo de xadrez com intenções subjacentes a Igreja ou a Religião, dessa vez, o jogo trás uma conotação econômica e causadora de tamanha obscuridade no “Mundo Subterrâneo”.


Jogos de Cartas ou baralho é o nome dado aos jogos que utilizam de um conjunto de cartas. Pode-se jogar sozinho, mas em regra, joga-se com mais de uma pessoa ou duplas. “Desde o século X ac. os jogos de cartas tem fascinado a humanidade. Desde as simples tiras de papel nascidas no oriente as cartas que se tornaram conhecidas na Europa a partir do século XVI, as cartas se tornaram um fenômeno universal. (wikipédia)

Ao meu ver, esta rainha ao optar pelo caminho da fortuna e do poder é obrigada a tolerar as tristes consequências da bajulação, DISFARCES, interesse, abdicar-se do AMOR – sentimento que a isola de tudo e de todos, a reprime e a inferioriza por não tê-lo. Poder e amor (de modo geral) nunca andaram juntos, portanto, O CORAÇÃO em sua boca silencia o que ela mais temia abdicar. Não há lugar para remorsos e nem caminho de volta. E a forma que ela encontrou para demonstrar isso, foi desenhar o coração em todas as coisas. Fato é que ela mandava cortar as cabeças, mas nunca foi mostrado execução alguma. O lago ao redor do castelo com cabeças decepadas que flutuam sobre ele, é mais uma demonstração das violações e agressões contra a humanidade. Observe, O Exército VERMELHO. Seus movimentos, o marchar curto, definem bem um pais com dogma político da era Hitler. Apesar dos pesares, existia uma alma de criança na Rainha de Copas.
Após um presságio de revolução contra ela, a rainha entende que a tirania por si só é inadequada,e, não obstante, deve "fazer-se temer de forma que, se não conquistar o amor, fuja ao ódio". (MAQUIAVEL,2001,p.31)
Importante referência a Maquiavel, quando retrata na passagem abaixo, que para governar é preciso peso e medida.
“Maltratados e escravizados pela corte da rainha vermelha. Todos vocês venham lutar! Unam-se contra a tirania da Rainha Vermelha”. Nesse momento a rainha se dirigiu ao Valete e disse: Você tem razão Stayne... “é muito melhor ser temida do que amada”.(O filme)


Fora Cabeçuda! “Uma cabeça tão magnífica e heróica como um globo”. O chapeleiro sugere cobri-la com chapéus: “em forma de sino ou capuz, gorro, touca com fitas, turbante, solideu, com emblemas de feltro, escocês, chapéu coco, bicorne, tricorne com lenço, bengrace, com penas, para dormir, garibaldi...” (O filme)


Quantos países podemos citar aqui? Há também uma alusão a rede global (mundial)?

A Rainha de Copas tinha o controle sobre o “País das Maravilhas”, mas era submissa ao Poder Soberano do JAGUADARTE – O MONSTRO “com olhos de fogo, mandíbulas que mordem e presas que agarram. Cuidado com o JAGUADARTE, filho. E o frumioso CAPTURANDAM. Ele empenhou sua espada Vorpal, a lâmina Vorpal que fura quem a encara. Matou o mal e com a cabeça triunfal, ele voltou galopando vitorioso.” (O filme)

MIRANA, A RAINHA BRANCA

Irmã caçula da Rainha Vermelha, possui um aspecto gentil, doce, transparente, porém, um lado sombrio e oculto que não se manifesta em momento algum.
Uma passagem muito interessante e criativa dessa personagem surge quando ela prepara o SUCO MINIMIZADOR para Alice voltar ao tamanho normal. Insulto ao Poder Soberano dando-lhe algumas características:

“Uma pitada de gordura de verme; Urina de mosca de cavalo; dedos amanteigados; três moedas do bolso de um morto; duas colheres de chá de desejos irreais e salivas a cuspe para terminar a poção.” (O filme)

FANTÁSTICO!!!!

Na busca de um guerreiro que pudesse enfrentar o JAGUADARTE, ela disse a Alice:

“Não pode viver para agradar aos outros. A escolha deve ser sua. Por que quando enfrentar aquela CRIATURA, estará SOZINHA. Não se conquista nada com lágrimas.” (O filme)

O confronto entre as duas irmãs e rainhas, não é apenas um confronto fraternal, mas uma referência a "GUERRA DAS DUAS ROSAS". Isso é história!

TWEEDLEDEE E TWEEDLEEDUM

Gêmeos gorduchos, confusos, infantis, adoráveis, gentis. Com aspecto inocente e bem intencionados, falam baixo e “através de charadas e ritmos esquisitos”, mais uma alusão a representação política.

ILOSOVIC STAYNE, O VALETE DE COPAS

Assustador, arrogante e chefe do exército vermelho. Sua estatura está próxima de um gigante. Parece-me uma definição do exército mais temido do mundo. Algo assim:



“Pensem nas crianças mudas telepáticas. Pensem nas meninas cegas inexatas. Pensem nas mulheres rotas alteradas. Pensem nas feridas como rosas cálidas. Mas não se esqueçam da rosa da rosa. Da Rosa de Hiroshima, a Rosa hereditária. A Rosa radioativa estúpida e inválida. A Rosa com cirrose, a anti-rosa atômica. Sem cor sem perfume, sem rosa sem nada.” (Vinícius de Moraes, 1946)

O COELHO BRANCO

Esperto, inquieto, sempre atrasado e correndo. Induz a Alice a encontrar seu destino. Acolhedor e rígido. Sua aparência exterioriza dois líderes mundiais, ou três.

DORMIDONGO

Pequeno mas destemido. Guerreiro.

BANDERSNATCH

Criatura horripilante e grande. Garras afiadas. Capturadam que acaba por se aliar a Alice.

A LEBRE DE MARÇO

Paranóico e ansioso

BAYARD, O CÃO

Cúmplice forçado do exército da Rainha Vermelha e aliado secreto de Alice.

O PÁSSARO DODÔ

Um ancião e conselheiro

ABSOLEM, a LAGARTA

Um dos personagens mais importante e enigmático dessa história. Sábia e guardiã absoluta do oráculo – um pergaminho localizado no píleo (mais um chapéu) do cogumelo vermelho. Esconde mistérios e perigos do passado, presente e futuro do “Mundo subterrâneo”, onde pode ser encontrada a solução, que transformará esse mundo para sempre. Se observarmos que o cogumelo é o local sagrado do oráculo, então, encontraremos significados relevantes na construção história da humanidade.

Vejamos algumas palavras chaves que definem o “Mundo Subterrâneo”:
 Cogumelo é o nome comum dado às frutificações de alguns fungos das divisões Basidiomycota e Ascomycota. A frutificação é a estrutura de reprodução sexuada destes organismos, tendo uma ampla variedade de formas e cores. A maioria dos integrantes do reino Fungi, assim como as bactérias, obtém alimento de outros seres vivos, com os quais se associam. Assim, os fungos podem ser decompositores, parasitas ou mutualísticos. Muitos cogumelos são comestíveis, alguns são largamente cultivados com aplicação de cuidados monitorados, outros, no entanto, são tóxicos, podendo, em alguns casos levar à morte. Há ainda certos cogumelos com propriedades alucinógenas, utilizados tradicionalmente por diversos povos ao redor do mundo. (Wikipédia)

Como não poderíamos deixar de comentar, o Cachimbo de água e a figura do personagem “Aladim” complementamente figurado em Absolem através do “GÊNIO”, trás uma conotação muito importante para a conclusão do mundo subterrâneo, reparem:



Narguilé é um cachimbo de água utilizado para fumar. Além desse nome, de origem árabe, também é chamado de hookah (na índia e outros países que falam inglês), shisha ou goza (nos países do norte da África). Há diferenças regionais no formato e no funcionamento, mas o princípio comum é o fato de a fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante. É tradicionalmente utilizado em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia. O Narguilé tem origem no Oriente. Uma das versões é a de que o narguilé teria sido inventado na Índia do século XVII, pelo médico Hakim Abul FAth, como um método para retirar as impurezas da fumaça. Quando chegou à China, passou a ser utilizado para fumar o ópio, e assim permaneceu até a revolução comunista, no fim da década de 1940. Na mão dos árabes, o cachimbo de água foi rapidamente incorporado para histórias de narguilés na Pérsia e na Mesopotâmia.



ALADIM, Alāʼ ad-Dīn






literalmente "nobreza da fé" é um personagem fictício do conto de origem árabe conhecido como Aladim e a Lâmpada Maravilhosa. O conto de Aladim é um dos mais famosos da coletânea árabe. Creem, também, numa origem egípicia e elementos europeus. Aladim é nascido na China. É travesso e prefere brincar a trabalhar. Por este motivo, é também descrito como mau e desobediente. A lamparina com o gênio era para o mago um recurso mágico que lhe daria mais poderes e que lhe permitiria realizar os desejos irrestritamente; mas ela estava guardada no interior de um jardim encantado, em uma espécie de GRUTA ou CAVERNA, que continha muitas jóias, moedas e ouro. O gênio que habitava a lâmpada se manifesta após um gesto acidental de esfregá-la, e concede a Aladim a realização de seus pedidos, que são todos consumados. Um dos desejos de Aladim foi o de se tornar um príncipe e desposar a princesa, filha do sultão. Ao transformar radicalmente sua realidade pessoal tornando-se príncipe, transforma-se em adulto, casa-se e passa a ser o governador de seu reino.

E agora um GRANDE FINAL com a vitória do BEM sobre o MAL que desenvolve da seguinte maneira:

Ao enfrentar o JAGUADARTE, Alice começa acreditar em seis coisas impossíveis:

1.Há uma poção que faz você encolher. (os vermes, os porcos, os corvos, os monstros, mas que você pode vencer.) Reduzir os indesejados é o objetivo da burguesia e dos dominadores.

2.E um bolo que faz você crescer. (a resistência, a força, a coragem, a fé, a bondade, a amizade) Contudo, no mundo subterrâneo só há progresso para uma pequena maioria que crescem de fato. Outras, se iludem a interesses e promessa.

3.Animais sabem falar. (animais é elogio, monstros) Um belo discurso e de falsas palavras vinda de animais/monstros. Já o ser humano é silenciado.

4.Gatos podem desaparecer. (esperança, alma, divindade ao estilo Inglês) Entre outras mais definições, os ladrões que ninguém consegue alcançar.

5.Existe o “País das Maravilhas” (agora eu quero crer no país de Alice. É só nos sonhos acreditar) O que é real e o que é sonho? Pois é! É o mundo subterrâneo controlando o mundo real. Não pode ser visto, mas ele existe.

6.Eu consigo matar o JAGUADARTE. (MONSTRO INVISÍVEL pode morrer)

Moral da história

Alice, uma alma independente que se sente presa em meio à mentalidade estreita das mulheres da aristocracia vitoriana de Londres. Alice Kingsleigh não sabe bem como equilibrar seus sonhos com as expectativas das outras pessoas.” (O FILME)

Após sair vitoriosa na luta contra o Jaguadarte, começou a pensar em sua total liberdade e no futuro que ela poderia construir sem interferências. O final do filme mostra um diálogo de Alice com o seu quase sogro que narra:

“Meu pai queria expandir seu comércio até Sumatra e Bornéu. Mas acho que ele não estava olhando longe o bastante. Por que não expandir até a CHINA?" (O FILME) 

"É vasta, a cultura é rica, e temos um apoio em HONG KONG. Seríamos os primeiros a comercializar a CHINA , já imaginou?” (O FILME)

No fundo Alice acreditava que a China era a maior potência mundial, e então, seguiu adiante para expandir seus sonhos como aprendiz de uma empresa.

Devemos acreditar que nossos sonhos podem se tornar reais. As duas amigas, Alice e Absolem, mostraram o caminho – TRANSFORMAÇÃO. Alice com poder de decisão e escolha própria, segue sua vida sem ser manipulada e submissa. Livre. Por outro lado, Absolem – a lagarta que se transforma em uma borboleta. É uma mudança na forma e na estrutura do corpo, bem como um crescimento e uma diferenciação dos Estados Juvenis ao estado adulto. Quer afirmar que as duas formas de vida, LIVRES, certificam que “nada mudará a sociedade se os mecanismos de poder que funcionam fora, abaixo e ao lado dos aparelhos de Estado a um nível mais elementar, cotidiano, não forem modificados”. (FOUCAULT, 2010)

Voem Livres para além do horizonte e em busca de seus sonhos.

FRASES INTERESSANTES:

a.Você está totalmente pirado, mas vou lhe contar um segredo... as melhores pessoas são assim.

b.Essa história de sangue e morte me tira a vontade de tomar chá.

c.O mundo todo sendo destruído e o pobre Chessur não tem vontade de tomar chá.

d.O tempo ficou muito ofendido e parou. Nenhum tic tac desde então.

QUAL A SEMELHANÇA ENTRE O CORVO E UMA ESCRIVANINHA?

R.: o filme não dá respostas. Sugiro que analise um corvo com um intelectual – aqueles considerados LOUCOS; apreensão do Conhecimento, talvez?  Ou então, seria o "Ministério da Verdade"? "Mentiras deliberadas"? George Orwell em sua obra "1984", dentre os diversos significados para corvo e escrivaninha,  teria a resposta para a pergunta?

http://www.disneymania.com.br/conheca-os-personagens-de-alice/

Dedico esta crítica a JUJU MONIQUÉIA, “LORD SHEN” e “LORD VOLDEMORT”

قتلة وتجار المخدرات واللصوص

REFERÊNCIAS: 

MENDONÇA, Carlos Magno Camargo. Tomai e comei todos vós, este é o meu corpo que é dado por vós. 2003. Disponível em:
http://www.revista.cisc.org.br/ghrebh/index.php?journal=ghrebh&page=article&op=view&path%5B%5D=249

MINCHILLO, Carlos. A sociedade Vitoriana. Disponível em: http://2005leiturasjornalismo.blogspot.com.br/2005/11/sociedade-vitoriana-trechos.html

Tudo Sobre os Personagens. Disponível em:
http://www.disneymania.com.br/conheca-os-personagens-de-alice/Tudo

Wikipéida, a enciclopédia libre. Wolfgang Amadeus Mozart. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wolfgang_Amadeus_Mozart

sexta-feira, 19 de julho de 2013

" O CAVALEIRO SOLITÁRIO" - O FILME

atualizado em 17.01.2014 ás 08:47 h
"Pai celestial, nós clamamos a ti nessa hora de necessidade, pois, tu és o pastor que guiarás o andarilho pelo deserto, tu és a luz que o iluminará na escuridão e tu és bala poderosa que esmagará seus inimigos mostrando o caminho da honradez."

É da Califórnia!  hã!  Não, pois bem. Texas, em 1869. "O Cavaleiro Solitário" é um filme que gira em torno de personagens da JUSTIÇA, criminosos, CAPITALISMO, riqueza e BANDIDO que come CARNE HUMANA. Sinais, e por entre diversos sinais, a análise abrangerá apenas dois tópicos: O CORVO e O DIREITO (Direito Natural e Direito Positivo)[1]. Em uma visão um tanto imatura, instantânea por si só, que em primeiro momento, as reflexões são capturadas na tela do cinema, atestando, inicialmente, um breve diálogo entre uma cristã e um Promotor de justiça no interior de um vagão de trem; uma mulher que dirigi-se a ele convidando-o a orar juntos. Mas, o ilustre senhor agradece o convite enfatizando que a bíblia que lhe cabe era aquela que estava em suas mãos: um livro de John Locke,  filósofo inglês e um dos principais teóricos do Contrato social (veja vídeo abaixo).
Momento este, que poder-se-á observar a dicotomia da Bíblia com a Constituição da República paralelamente com o personagem Tonto(o índio), quem carregava um corvo imóvel ou morto sobre sua cabeça. Germina dessa união, um núcleo que chamará muita atenção nos momentos de luta ou de perigo para o personagem Tonto. Consequentemente, o corvo nessas situações adversas é sempre encontrado à beira de uma poça de água; e por "adimplemento exterior a ele mesmo" e ao corvo, fenômeno bastante perturbador; exige dele a eupraxia de colocá-lo de volta sobre a cabeça.(FERRAZ JUNIOR, 2003)
Mistérios, exteriorização do corpo e da alma, expectativas, críticas, cinismo, verdades e mentiras repousam sobre a ave e o índio. "A gama estilística dos sinônimos". (dicionário on line de português)
Enfim, quer afirmar referências encontradas no livro sagrado como, por exemplo: 
1. Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
2. Depois veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
3. Retira-te daqui, e  vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
4. E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.
5. Foi, pois, e fez conforme a palavra do senhor; porque foi, e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
6. E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã; como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro (Reis 17:1-6)
Importante ressaltar, também, "o `CORVO´ na mitologia dos povos", a exemplo do povoado indígena na América do Norte, a espécie é o mito do trovão (a língua) e do vento (a asa). Consideram-no uma espécie de ave semelhante a águia, e por essa razão, o mantem como representante de um grande espírito. O corvo alimenta-se de cadáveres de outros animais, frutas, sementes, invertebrados tais como insetos, caracóis, ratos, lagartos, rãs, vermes e etc.
O ápice da questão é saber qual o significado do corvo para Tonto, se a bíblia cita os corvos alimentando um profeta a pão, carne e água, então, o que representa, no filme, um índio alimentando com cereais; um corvo SEM VIDA,  a mais de 15 horas ao lado de bandido canibal? Fato é que Tonto diz: "Estou esperando espírito retornar". Frequentemente ouvimos frase semelhante quando, o povo obstinado por justiça, clama a volta do Messias. E, por outro lado, descaracterizando qualquer tentativa de roubo, Tonto efetua uma troca de objetos com os mortos, um tipo de extrema unção a la cereal ao enterrá-los numa cova. Muito interessante e engraçado até quando insinua princípios espirituais que limitam a grandeza de uma alma ou sua perdição. "Refém de um mundo feito de opressão absoluta", Tonto, no anseio de justiça, liberdade e verdade, somente se dispersa do corvo quando atinge todos estes anseios. Sentimento que floresceu após ter sido traído pelos miseráveis políticos em troca de uma traição inocente contra a sua tribo, povo, totalmente extinto por esse impensável ato ou erro. O corvo renasce cheio de vida e voa para o horizonte enquanto Tonto segue sozinho o seu destino. Reflita...
Em segundo plano, vislumbrar-se-á uma exposição de idéias a favor do Direito Natural defendido por John Locke, direito que confere legitimidade à razão humana entre o direito e o dever moral de todos respeitarem a sua própria natureza, mesmo que com uso da força, quer dizer, as pessoas estariam amparadas a agir unilateralmente caso o governante contrariasse o contrato social estabelecido no Direito Natural e deixasse de proteger a vida, a liberdade e a propriedade. Segundo Locke:
O contrato social surge de duas características fundamentais: a confiança e o consentimento. Para Locke, os indivíduos de uma comunidade política consentem a uma administração com a função de centralizar o poder público. Uma vez que esse consentimento é dado, cabe ao governante retribuir essa delegação de poderes dada agindo de forma a garantir os direitos individuais, assegurar segurança jurídica, assegurar o direito a propriedade privada (vale ressaltar que para Locke, a propriedade privada não é só, de fato, terra ou imóveis, mas tudo que é produzido com o seu trabalho e esforço, ou do que é produzido pelas suas posses nesta mesma relação) a esse indivíduo, sendo efetivado para aprofundar ainda mais os direitos naturais, dados por Deus, que o indivíduo já possuía no estado natural. (John Locke e o Segundo tratado sobre o governo civil (1682) - Wikipédia - grifo nosso)
A autonomia divina estaria encenada na figura de Tonto (o índio) e quer registrar seus atos, sua fé e a crença espiritual em busca da justiça que cumpre  destacar a superioridade do Direito Natural frente a ingerência aniquiladora do Estado na vida privada ou como alerta as inimagináveis concepções de forma de governo.
Em contrapartida, o Direito Positivo aparece no personagem do Promotor de justiça de maneira tão sólida que não há possibilidade de agir na solução de conflitos, senão, por provocação do exercício da função jurisdicional. O promotor de justiça, é por adesão, o piolho da justiça e idealiza o tribunal, a força da lei e do Estado como único poder capaz de dirimir conflitos, a pacificação social e a condenação dos criminosos. A preocupação do Promotor e a seriedade dele quanto levar o criminoso a julgamento pode ser demonstrada no momento em que discute com seu irmão, xerife da cidade, a não execução do prisioneiro Tonto sem o tribunal de justiça, in verbis:
"Quando um homem se une em sociedade, deve abrir mão das leis da natureza e assumir ... (é interrompido por Cole, um dos acionistas da ferrovia) as leis dos homens para que a sociedade como um todo, possa prosperar." (os Tratados de Governo de John Locke) 
Nesse momento, cole, cinicamente, acaba por rir ruidosamente.
Pressupunha-se que o caminho era a lei.  No entanto, devido as circunstâncias cruéis que assolavam a justiça, o promotor é obrigado, na prática, fazer uma reflexão sobre sua conduta e filosofia jurídica, percebe pois, que o Direito Positivo toma novos rumos e sua essência assume importância diversas de sua origem como instrumento operacional e de justiça.
Por analogia, pode-se dizer que a arquitetura criada pelo poder está longe de garantir legitimidade do Direito Positivo em sua raiz, bem como, permitir que cada indivíduo esteja sobre a proteção e alcance de seus direitos de forma justa.
Vê-se, assim, que o poder público, ente responsável por manter os mecanismos jurídicos em perfeita ordem, se submetem as PAIXÕES CAPITALISTAS, articulando ações criminosas e portadoras de riquezas ilícitas.
Nesse sentido, o promotor de justiça reconhece que a efetivação dos direitos do homem e de justiça estão comprometidos e encurralados a conspiração do Poder, sendo que, o  capitalismo é o seu regente enquanto perspectiva da razão humana e da lei. Perde ,assim, a força reduzindo-a ao nada e ao vazio, levando o promotor a se transformar no Cavaleiro Solitário e resgatar o ideal do Direito Natural evitando as vias de fato. Com isso, o índio e o mascarado se unem, não, na causa de uma grande amizade, mas como parceiros em busca da valorização do Direito Natural concomitantemente ao Direito Positivo, respectivamente, desencadeando a cisão entre "Ética e Direito degradadas em moral do interesse e do prazer, esse exílio na abstração da lei ou confiscado pela violência ideológica". (FERRAZ JUNIOR, 2003, p.174)
Mascarado, surge o Cavaleiro Solitário para devolver ao Estado toda sua forma de poder: "a vigilância permanente, pública e sem limites, o esquadrinhamento disciplinar, a utilização política da psiquiatria", o anonimato, o medo, a omissão, a vergonha, a sagacidade, a opressão e o banditismo de justiça, etc. 
Defendendo os pobres e oprimidos com uma máscara e um cavalo branco, o mascarado cumpre a justiça sem o uso indevido de armas. Ao final, o filme sugere a continuação de um cavaleiro mascarado quando pronuncia vários nomes para seu cavalo ou personagem, sendo um deles de nome TORNADO (Verificar)[2]. Assim sendo, a figura do cavaleiro solitário passaria a ser chamado em um próximo filme de "ZORRO" [3], bacana essa união se assim fosse, que "sob uma máscara e uma capa negra, empunhando uma espada[4] e cavalgando um cavalo igualmente negro de nome "Tornado", humilha o Estado e o Capitalismo quando adota a espada em campanha contra o uso de armas e da violência, decorando "a letra "Z" (três linhas cruzadas) como sua assinatura, marcando-a com sua espada em paredes e nas roupas de seus inimigos, como sinal de sua passagem". (WIKIPÉDIA)
A letra "Z" formada por três linhas cruzadas - o poder Legislativo, executivo e judiciário, deu origem a palavra "ZORRO" que em espanhol significa raposa.[5] 
Considerando que, permanecerá a sequência do Cavaleiro solitário, dever-se-á trocar a ESPADA pelo REVOLVER, objeto pela qual, o justiceiro arranca das mãos dos criminosos a arma de fogo, sem lesões nas maioria dos casos. Aspecto de impacto potencial e positivo para tratar desdenhosamente o Capitalismo. Sua força vem de um tiro certeiro, veloz, diagonal e perpendicular, ou seja, "estilo arquitetônico, planos que se cortam formando diedros adjacentes iguais", formando retas que se erguem e se lançam por ângulos diversos, subindo e descendo, quem sabe, desenhando uma ESTRELA. Aquela que o Cavaleiro solitário coloca em seu coração.

FRASES INTERESSANTES:

1. "E o futuro é brilhante, senhoras e senhores, e está apenas começando."
2. "Eu não temo o que vem depois."
3. "Me conhece pelos gritos de meus ancestrais no vento do deserto e conhecerá seus gritos de alegria quando eu remover sua semente maligna da face da terra."
4. "Cole controla tudo... a ferrovia, a cavalaria, tudo. Se homens como ele representam a lei, prefiro ser um fora da lei."
5. "Chega um dia em que homem bom tem que usar máscara." (da justiça é claro)
6. "Não um homem. Um espírito maligno nascido no vazio do deserto com uma fome que não pode ser saciada. Tem o poder de tirar a Natureza do Equilíbrio. Meu povo chama esse espírito de (...)"
7. "Prata fez ele ser o que é, vai fazer ele retornar para a terra."

"Que tipo de homem da lei não leva a própria arma?" Pergunta o bandido.
"Acredite, para onde este trem está indo, não há lugar (para coisas assim)! Responde o promotor.
"É? E para onde?"
"Para o futuro!" (surge 4 homens armados e rende o promotor de justiça)
"Sabe de uma coisa? Deve ter razão!"


Seja bem vindo, Cavaleiro Solitário!

ELENCO DO FILME "CAVALEIRO SOLITÁRIO"
Lançamento em 12 de julho de 2013 (2h 29min) dirigido por Gore Verbinski. Atores Johnny Deep, Armie Hammer, Tom wikinson e outros do gênero ação, aventura e faroeste. EUA.

REFERÊNCIAS:

FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do direito: técnica, decisão, dominação. 4.ed - São paulo: Atlas, 2003.
 
WIKIPÉDIA. Contrato social. John Locke e o Segundo tratado sobre o governo civil (1682) Disponível em : https://pt.wikipedia.org/wiki/Contrato_social



Nota:

1. Pela apreensão do conhecimento sobre direito Natural e Positivo, no tocante da reflexão em questão, agradeço aos professores do primeiro período do Curso de Direito:  TGE e IED.

2.Após verificação, o nome é Tonto e não Tornado (bem, na verdade, eu não estou certa disso). Mudando o raciocínio, parece que o cavaleiro mascarado continuará sendo "O Cavaleiro solitário" - UM EXCELENTE ATIRADOR que não mata ninguém, apenas, atira para desarmar seus oponentes e fazer justiça; e seu cavalo ganha nome de "SILVER", conforme grito de missão cumprida: "HI-YO SILVER". Contudo, permanece a análise anterior, uma vez que, o objetivo dos dois mascarados é o mesmo com poucas diferenças.

3. A análise sobre o Cavaleiro Solitário se tornar ZORRO é apenas hipótese ou dedução dos indícios encontrados no final do filme. OPINIÃO&REFLEXÃO.

4. "sob uma máscara e uma capa negra, empunhando uma espada" - A deusa da justiça.

5. Observando a ponta da espada ao criar a "marca do zorro", realmente temos não propriamente a letra "Z", mas as três linhas cruzadas e que podem ter conotação a teoria dos três poderes.

As imagens foram todas retiradas da internet  - links:






quinta-feira, 18 de julho de 2013

"OZ: MÁGICO E PODEROSO"

atualizado em 23.08.2013 às 07h52min


 "Por que eu não posso?"

Respondendo a pergunta da Dorothy vamos pensar por diretrizes inversas as análises originais do filme “OZ: Mágico e Poderoso” em consonância com a versão de “O Mágico de Oz”
Certamente, serão encontradas interpretações belíssimas dos filmes, e tão mais verdadeiras e interessantes em sites educativos do que a que proponho discorrer nesta página.
Não posso, no entanto, evitar direcionar meu ponto de vista a Política. Não que eu tenha algum vínculo como cientista política, e tampouco, admiradora dessa classe, mas, por humanidade. Por entre versos, prosas e a política, sou cidadã de um mundo fantástico, multicolorido e enlouquecido – A TERRA. 
Elemento importante que permitirá visualizar a concepção extraída do País de "OZ" (País dos homenzinhos), a partir de referências pessoais e locais que designam as características de cada personagem. Suas variações possibilitam a identificação do sonho com a realidade, e a esta; a afirmação do relativismo, da vida, do homem, do ser, das coisas, dos objetos, do pensamento, da justiça e de Deus acima de todas as coisas.
Planeta Terra, Planeta Azul! Grande massa que por entre as muitas divisões é o único em que podemos afirmar a existência de seres vivos. Entre as principais divisões, encontramos a Terra dividida em dois hemisférios: hemisfério norte e hemisfério sul. Ideologia criada para justificar e auxiliar a humanidade em seus costumes e crenças, seja lá como for, dando ênfase às teorias de "Kan que está associada com a água, o frio, a neve, a hibernação (N) e Li com o fogo, o calor, o movimento" (S). (FENG SHUI) 
Miram-se em aspectos que evidenciam o Ocidente e o Oriente a luz de um Deus criador, todo poderoso, e por outro lado, um ser divino que está presente em tudo e em qualquer lugar, respectivamente. Por este segmento, inicia-se um conjunto de observações, cujas raízes, definem o nosso MUNDO DIVIDIDO EM DOIS HEMISFÉRIOS. Imaginemos, então, os personagens do filme “OZ: Mágico e Poderoso”, mais precisamente, as bruxas do Oeste, Leste, Norte e sul, desta última, não me recordo de qualquer menção. Dentro da dinâmica de rotação da Terra, foram criados os pontos fundamentais de direção denominados Pontos Cardeais e seus sinônimos são: Norte (Estrela Polar), Sul (Cruzeiro do Sul), Leste (nascer do sol / Oriente), Oeste (por do sol / Ocidente) e os pontos colaterais. (PONTOS CARDEAIS E COLATERAIS, Geografia)
Inseridos os pontos cardeais e colaterais forma-se a volta completa do horizonte representada pela Rosa dos Ventos ou bússola, como também, linhas imaginárias acentuando um aspecto visual de uma estrela, energia que atua em sentido anti horário.
"As bússolas são geralmente compostas por uma agulha magnetizada colocada num plano horizontal e suspensa pelo seu centro de gravidade de forma que possa girar livremente, e que orienta-se sempre em direção próxima à direção norte sul geográfica de forma a ter a ponta destacada geralmente em vermelho - indicando o sentido que leva ao sul magnético da Terra, ou de forma equivalente, a um ponto próximo ao polo norte geográfico da Terra." (WIKIPÉDIA)
Quer afirmar com isso, que “se a agulha da bússola estiver em repouso, sem interferência de um campo magnético próximo, ela estará apontando no sentido norte-sul magnético da Terra”, ou seja, os pólos NORTE E SUL são dominantes - A BRUXA BOA - e os pólos Oeste e Leste; inferiores - A BRUXA MÁ, irmãs e implicitamente rivais.  Uma representação da disputa do poder, do espaço geográfico e das guerras. (UNESP)

Pelo exposto acima, partimos do princípio, que o País de "OZ" é, na verdade, a TERRA, O MUNDO OU UNIVERSO. No mínimo podemos perceber algumas alusões que a caracterizam. Repare a figura ao lado, desenhada no CHÃO por Oscar Diggs, significa o PLANO ou ESTRATÉGIA para matar a BRUXA BOA (do norte). Nota-se que, vista nesse ângulo, parece ser exatamente o PLANETA TERRA e os países que representam os dez cantos do mundo desaparecem, ou, os quatro cantos: norte, sul, leste e oeste. Comedidamente, o PLANETA TERRA é DOMINADO por SÍMBOLOS, ou seja, um governo universal. "Não fujam Vossas Mercês, nem temam desaguisado algum, porquanto a ordem de cavalaria que professo a ninguém permite que ofendamos, quanto mais a tão altas donzelas, como se está vendo que ambas sois." (CERVANTES, 2007, p.55) Aventurando-se na abrasada posição, a FLORESTA ESCURA de OZ rende-se ao retorno de "As Relíquias da Morte" no filme Harry Potter, até mesmo pelo movimento dos personagens e o cenário sombrio. Definindo-os, temos:

O TRIÂNGULO   = A BRUXA MÁ  = A CAPA DA INVISIBILIDADE 
A LETRA "o"   = MÁGICO      = A PEDRA FILOSOFAL (O círculo)
A LINHA TORTA = A MENINA DE PORCELANA = VARINHA DAS VARINHAS 
LETRA X  = O MACACO  = A EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE ELIMINADA

Curioso é a menina de porcelana pedir a Oscar que deixasse ela ser o CORAÇÃO.  Nesse contexto nos atrai a ideia DO UNIVERSO representado por SÍMBOLOS e que nos remete a imagem do "Homem Vitruviano" de Leonardo da Vinci em simetria com o corpo humano (os cinco membros em destaque) e o universo, símbolo universal da humanidade.
Por extensão, relacionando os sentidos de direção da Rosa dos Ventos, com os cinco sentidos do homem e os cinco membros "Vitruviano", ter-se-á uma anexação de linhas imaginárias e perpendicular em forma de cruz e estrela encarnadas a Rosa dos Ventos sobre o homem vitruviano, entenda, pois, que essa junção quer dar uma conotação ao antropocentrismo.
Detalhe a ser observado, é que; a cabeça (especificamente a visão e audição) e os braços do “homem vitruviano” estão no hemisfério norte, uma vez que, a linha equatorial é o umbigo da divisão dos dois hemisférios.
Safardana, a Rosa dos Ventos possui rotação anti horário, e majestosamente, toda concepção sobre o UNIVERSO se faz de forma invertida, ou seja, o homem está no centro do universo.
Nesse plano, "o único ambiente conhecido é o apto à existência humana, e ampliando indevidamente as condições de existência desta a todos os seres inteligentes possíveis. Pode ser visto, então, num sentido pejorativo, significando uma desvalorização das outras espécies no planeta (...)" (WIKIPÉDIA- Antropocentrismo) "e ainda que isto sirva aos propósitos existenciais humanos, num plano mais amplo ele serve apenas a um restrito grupo (...) (WIKIPÉDIA- Antropocentrismo)
"Se raciocinarmos em termos das linhas de campo" entre os polos NOTE/SUL, haverá a rejeição de algum ponto e a atração de outro.
Neste campo imaginário, a bruxa BOA e o mágico de OZ estão interconectados (norte/sul). Fenômeno que tende retratar a força, um poder supremo, inatingível, invencível, único e universal. 
O poder de uma minoria contra a submissão de muitos. Em outras palavras, ambos são a mesma entidade poderosa que engana seus súditos com o ilusionismo do ser onipotente e divino. A bruxa BOA é o cordão umbilical do universo e o Mágico de OZ o sistema digestivo que inicia pela boca, sai pelo reto e finaliza através do flato. "O Ser excepcional entre às espécies burras", e se inadequadas, são eliminadas por rejeição. Dorothy, seria um exemplo incontestável.
Indispensável observar os polos norte/sul; inclinados a impor a força incontrolável do Amor, do desejo e da atração física. Maior propriedade para aqueles que já possuem poder e dinheiro.
A pretensão é desenvolver um sistema operacional integrado capaz de imitar DEUS e roubar toda a sua glória. Uma equiparação institucional baseada na fábula dos quatro MINISTÉRIOS de George Orwell: Miniver, MInipaz, MInamor e Minipuja.
No campo da atração, a linha oeste/leste (bruxa má) aparece interconectada em duas extremidades: uma que é interpretada como instrumento operacional, e outra, como a própria consciência do Mágico de OZ. Base de toda uma estrutura desprovida de verdade; e funcional, na execução dos objetivos. O caminho do ouro que Dorothy e Oscar seguiram para chegar a cidade das Esmeraldas e ao Mágico de OZ, era uma forma de indução para garantir a ascensão da linha norte/sul, relacionando-a assim, como exemplo. Considerando que, Dorothy não aderiu as tentações da fortuna como fez Oscar Diggs; caindo nas garras da bruxa má, e posteriormente, da bruxa boa, quem, o submeteu, impressionou, e o transformou no poderoso e grandioso mágico. A todos que encantam-se com a fortuna, tal qual, Oscar Diggs, lembre-se: "o mais horrível dos Dois Minutos de ódio não era o fato de a pessoa ser obrigada a desempenhar um papel, mas de ser impossível manter-se à margem." (ORWELL, 2003, p. 25)
Era preciso atingir a mente, o físico e a emoção.
É, de boa Glinda não tem nada! Onde mais Dorothy e Oscar, poderiam encontrar o mágico e o poderoso OZ, senão pelas estradas que move o mundo?
Após essas informações, é relevante mencionar uma passagem de Tércio Sampaio Ferraz Junior, para continuar a esclarecer a análise e demonstrar uma ambivalência encontrada no mundo mágico de "OZ".
"Notamos, ademais, que a deusa grega tinha os olhos abertos. Ora, os dois sentidos mais intelectuais para os antigos eram a visão e a audição. Aquela para indicar ou simbolizar a especulação, o saber puro, a sapiência, esta para mostrar o valorativo, as coisas práticas, o saber agir, a prudência, o apelo à ordem, etc. Portanto, a deusa grega, estando de olhos abertos, aponta para uma concepção mais abstrata, especulativa e generalizadora que precedia, em importância, o saber prático. Já os romanos, com a Iustitia de olhos vendados, mostra que sua concepção do Direito era antes referida a um saber agir, uma prudentia, um equilíbrio entre a abstração e o concreto. Aliás, coincidentemente, os juristas romanos de modo preponderante não elaboram teorias abstratas sobre o justo em geral (como os gregos) mas construções operacionais dando extrema importância à oralidade, à palavra falada, donde a proveniência de lex do verbo legere (ler em voz alta). Além disso, o fato de que a deusa grega tinha uma espada e a romana não mostra que os gregos aliavam o conhecer o direito à força para executá-lo (iudicare), donde a necessidade da espada, enquanto os romanos interessava, sobre tudo quando havia o Direito, o jus dicere, atividade precípua do jurista que, para exercê-la, precisava de atividade firme (segurar a balança com as duas mãos, sem necessidade da espada); tanto que a atividade do executor, do iudicare, era para eles menos significativa, sendo o iludex (o juiz) um particular, geralmente e a princípio, não versado em direito." (FERRAZ JUNIOR, 2003, p. 39)
Numa circunferência voltada para símbolos, no que tange as expectativas do filme, as diferenças são quase imperceptíveis, porém bastante significativas. Absorva as imagens da Deusa da justiça, uma de olhos abertos, e a outra, de olhos vendados (hemisfério Norte e sul). Na sequência, perceba que o autor refere-se a Visão e a Audição como os sentidos mais intelectuais. A primeira, como resultado da especulação e a segunda a valoração acrescida de ORALIDADE. Nesta, a função é do hemisfério sul que terá por objetivo impor o que deve ser visto e ouvido, estimulando a consciência dos pequenos a permanecer de olhos vendados.
Posto isso, e preliminarmente, a linha norte/sul, desperta a ilusão da realização de sonhos em um mundo fantástico governado por monopólio de um SOBERANOO Mágico de OZ, na linha Oeste/Leste, flui a CONSCIÊNCIA de um governo contemporâneo sob a escuridão da tirania e divisão de poder entre as duas bruxas e irmãs, mas de rivalidade aparente, e submissa ao extraordinário e poderoso. Juntas:
"bradava seu discurso envenenado de sempre sobre as doutrinas do Partido - um discurso tão exagerado e perverso que não servia nem para enganar uma criança, e ao mesmo tempo suficientemente plausível para fazer com que o ouvinte fosse tomado pela sensação de que outras pessoas menos equilibradas do que ele próprio poderiam ser iludidas pelo que estava sendo afirmado." (ORWELL, 2003, p. 23)

Concluindo, Dorothy, difícil encontrar um lugar além do arco íris, a menos que seja alguém capaz de doar a MENTE, a CORAGEM e o CORAÇÃO. Portanto, em OZ, foi a única com pureza o suficiente para preencher o vazio no interior de um espantalho, de um Leão e de um homem de lata. Não só esteve além do arco íris, como também, inspirou a LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE. 

PERSONAGENS

O MÁGICO:

Oscar Diggs. Ereto, ambicioso, galanteador, cínico, Charlatão ambulante de um Parque de Diversão, digo, circo, e que explora a credulidade pública com truques de MÁGICA.  Apregoa a virtude de seus elixires amorosos envoltos a segredos maravilhosos.  Vestes a moda aristocrata, sendo ele, usuário assíduo de chapéu cilíndrico ou cartola, causando a impressão de um indivíduo de posição eminente, influente, que despreza a opinião e as tendências populares. A cartola representa um amuleto e seu slogan era ser grandioso. Sua ambição o coloca em perigo e se vê obrigado a fugir num balão até que um tornado o transporta para o País de OZ. OScar é confundido com o homem que viria dos céus  para salvar o império da Bruxa Glinda e seu povo, cai nas garras das Bruxas do oeste e leste sendo subornado com o tesouro do reino a destruir a rival do NORTE, e por fim, torna-se aliado da BRUXA DO NORTE e do MAGICO DE OZ.
Apesar de toda farsa e ambição de Oscar, ao final, ele aprende e compreende que a fortuna e outras consequências dela, não é tudo na vida, dizendo: "Eu tenho tudo que eu sempre quis." "Uma visão cobiçada por todos e vista por ninguém." - A AMIZADE E O AMOR. Pois é, "o essencial é invisível aos olhos"
Importante ressaltar que é exatamente isso que o Todo Poderoso quer mostrar a humanidade, mas, ninguém entende. E enquanto a raça humana não compreender que é preciso amar, nada vai mudar. (Uau! Não esperava por essa). A violência e a fortuna são provações na vida que nos tornam monstros e merecedores do mundo que nós mesmos criamos.
"COMPARECER, COLABORAR E CALAR"
O MÁGICO DE OZ:

O Deus da Terra de OZ. O todo poderoso. Oh, beleza humana e VitruVIANA! Ninguém conhece ninguém viu. A entidade mais temível do universo. Surge através do ilusionismo criado por Oscar, o mágico charlatão da cartola, para contrariar as leis naturais do País de OZ e manter a ordem de seus súditos. A aparição do mágico de OZ é revestida de solenidade religiosa por entre o vigor de sua voz, o fogo e a fumaça. A sombra por trás do arco íris que persegue pessoas fracas - puras - pessoas que por iniciativa própria, matar seria impossível.
"Adquiria uma estatura monumental, transforma-se num protetor destemido, firme feito rocha (...), a despeito de seu isolamento, de sua vulnerabilidade e da incerteza que cercava inclusive sua existência, virava um mago sinistro, capaz de destruir a estrutura da civilização com o mero poder de sua voz." (ORWELL, 2003, p.25)
"É imprescindível que se comporte como um grande líder que acham que é. Moral é essencial para ter alguma esperança de derrotar Evanora." 

GLINDA (A BRUXA BOA):

A mais poderosa Bruxa de OZ. O arco íris de OZ. Fonte de sabedoria e protetora da cidade das Esmeraldas. Governadora da cidade de Quadlings, mantém a cidade isolada do mundo exterior e sabe de tudo que acontece ao seu redor. Cúmplice do Todo Poderoso Mágico de Oz, Glinda é a BRUXA DO NORTE, considerada a BRUXA BOA por sua popularidade e boas intenções. O estranho, porém, é que essas boas intenções incluem e permitem que o mágico de OZ engane seus súditos com o ilusionismo, ridicularizando-os e condenando-os ao escárnio.
Para Oscar ela é apresentada como a BRUXA DO SUL; e para a Dorothy, como a BRUXA DO NORTE.
"um rosto inteligente e apesar disso, por alguma razão, inerentemente desprezível, com uma espécie de tolice senil no longo nariz esguio (...) Parecia a cara de uma ovelha, e a voz, também tinha uma qualidade algo ovina." (ORWELL, 2003, p.22)

AS BRUXAS

Trata-se do desprezo a velhice. Redução ao bem estar e despesas compulsórias ao Partido. Todos os meios de acelerar a velhice após os 30 anos é misteriosamente oculto. Está na alimentação, na medicina, nos produtos químicos, na opressão etc. Método utilizado, essencialmente, aos oponentes do Partido. 
Idade ideal = 16 anos Idade limite= 30 anos

EVANORA (A BRUXA MÁ DO LESTE)  


Um enfeite que esbanjava elegância. A mais fraca e a mais covarde de todas as bruxas. Conselheira real da cidade das Esmeraldas, não tinha firmeza nas decisões que acabavam por ter a influência de Theodora.



THEODORA (A BRUXA MÁ DO OESTE)

Possui temperamento forte e explosivo. Talvez, a mais sensível e inteligente de todas as bruxas. Em malvadeza, perdia apenas para a Bruxa do Norte (sul).
No entanto, sua malvadeza não interioriza por causa de um amor à primeira vista ou não correspondido, mas sim, por falta de esperança com os seres humanos.
Seu maior desejo era ser rainha. Quando conhece o mágico, vê nele a última chance de encontrar nobreza humana. Alguém capaz de tornar-se Rei com dignidade e trazer a paz tão esperada pelo povo de Esmeraldas.
Ao descobrir que Oscar era um trapaceiro e egoísta, percebe que no mundo, “O Homem é o lobo do Homem”, não lhe restando  alternativa senão juntar-se a esse mundo cão – “é melhor ser temido do que amado” e "deve-se cometer todas as crueldades de uma só vez, para não ter que voltar a elas todos os dias".
Contrariando sua vontade, é obrigada a comporta-se de maneira semelhante ao que George Orwell descreve em sua obra “1984” sobre os três slogans do Partido: “guerra é paz”; “liberdade é escravidão”; “Ignorância é força”.
Em um mundo frio e comandado por moinhos de vento, “era obrigada a viver – e vivia, em decorrência do hábito transformado em instinto, acreditando que todo som que fizesse seria ouvido e, se a escuridão não fosse completa, todo movimento era examinado meticulosamente.” (ORWELL, 2003, p.13)
O mundo - “lixo lamentável que era” - (...) “parecia nunca arrefecer. Sempre havia novos trouxas à espera de ser seduzido por ele.” (p.24)
Mundo perverso! Loucura... Por isso, e exclusivamente, por essa razão, “o ódio havia começado”. “começava a emitir exclamações incontroláveis de fúria.” (ORWELL, 2003, p. 23)
“Impossível tolerar a visão do rosto ovino de empáfia na tela e o poder aterrador do exército (...) logo atrás.” (ORWELL, 2003, p. 24)
E assim se fez bruxa.

Postulando a favor de Theodora, segue as passagens do filme, argumentando:
1.     Bruxa má não confessa para um amado o que ela é de fato.
2.     Ela foi enfeitiçada, ou melhor, envenenada. 
(maça verde = oráculo verde = Mágico de OZ)
3. O muro mágico. Theodora rompe o campo magnético para ir até a raiz do problema da TERRA DE OZ e destruir o verdadeiro mal sob a INVISIBILIDADE.

4.     Palavras de Theodora:

a)  “Eu não estou do lado de ninguém. Eu, simplesmente, quero Paz.”
b)  “Eu não sou má”
c)    Disse sobre Oscar, o mágico
“todos, verão que ele não passa de um trapaceiro, dissimulado, egoísta e extremamente mortal.”
d) Disse sobre Glinda, a Bruxa Boa:
"essa bondade me enoja!" Pense bem! Pense nos lobos na pele de cordeiro.

4.     Palavras da Bruxa Boa:
 “Essa não é você, Theodora! Essa é a sua irmã.”
5.     Palavras do Mágico de OZ:
“Nós sabemos que sua maldade não é obra sua (...)

O MURO MÁGICO

Olha a TERRA OUTRA VEZ! Campo Magnético que "repele os inimigos" da cidade dos Quadlings governada pela BRUXA BOA, e, só "as almas bem intencionadas conseguem atravessar". Será mesmo? Sendo assim, a Bruxa Boa, O Mágico e a Bruxa do Oeste estão no céu. Oh, Oscar Diggs! Que tal uma caixinha de música para a TERRA, também!
ESTRADA DOS TIJOLOS AMARELOS
Caminho do Ouro? Caracol? Hipnose? Circo? Círculo de fogo? Roda Gigante? Túnel do Tempo? Marco Zero? Todos, traduzem um destino, um começo, um meio e um fim.
MACACO ALADO E A MENINA DE PORCELANA 

Macaco Alado = mensageiro = TODO PODEROSO Menina de Porcelana = cidade de porcelana = povo dominado = um passo em falso e estará totalmente quebrada = fácil, extremamente fácil de quebrar.
MELHOR DISCURSO

"Hoje vamos lutar para libertar a Terra da vilania das Bruxas Más. Somos poucos, mas com muito poder. Teremos dificuldades, mas a nossa arma é a coragem, e acima de tudo, nossa fé uns nos outros. Não temos que ter medo. É só acreditar; E quando acreditamos, qualquer coisa é possível."


FURTA!? "LIXO CERTO NO LUGAR ERRADO." (slogan da Campanha de coleta seletiva da Prefeitura Municipal de Vespasiano)

REFERÊNCIAS:

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha.Tradução: Conde de Azevedo e Visconde de Castilho. São Paulo: Martin Claret. Vol. I, 3ª ed. 2007.

FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do direito: técnica, decisão, dominação. 4.ed - São paulo: Atlas, 2003.

ORWELL, George. 1984; tradução alexandre Hubner, Heloisa Jahn; posfácios Erich Fromm, Ben Pimlott, Thomas Pynchon. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

SHUI, Feng. Harmonia Feng Shui.  Disponível em: http://www.fengshui.com.br/index.php/artigos/hemisferios-norte-e-sul

UNESP. Fio Cria Campo Magnético. Disponível em:  http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/ele09.htm

WIKIPÉDIA. Antropocentrismo. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropocentrismo

Imagens:





quinta-feira, 11 de julho de 2013

HERÓI INVISÍVEL 2

Dedico esta página ao meu primo e amigo AIRTON EDUARDO. Muitas saudades.


A massa da província aborrece e detesta todo governo arbitrário [...], despótico e tirânico, tenha nome que tiver, venha revestido da força que vier. A massa da província só se há de pacificar quando vir que, as Cortes soberanas não estabelecem duas Câmaras; que não dão ao supremo chefe do Poder Executivo veto absoluto, e que ele não tem a iniciativa das leis no Congresso; quando vir a Imprensa livre; estabelecido o jurado, o Imperador sem o comando da força armada; e outras instituições, que sustentem a liberdade do cidadão e sua propriedade, e promovam a felicidade da pátria; fora disto, a massa da província. à semelhança de S.M.I, e constitucional, gritará - Do Rio nada, nada; não queremos nada. (Frei caneca)




EM CONSTRUÇÃO



quinta-feira, 4 de julho de 2013

JOGO DA VIDA



DEUS É PAI - Padre Fábio de Melo


Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se 
Perto do fogão de lenha da minha casa
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro
Que ficava num lugar de sombra constante.
Ele tinha feições de homem feliz, realizado
Parecia imerso na alegria que é própria
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.
Eu o olhava e pensava: 
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu bolso 
E pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço
Mas aquele homem não era Deus,
Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri 
Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com seu

Jeito infinito de ser homem

Imagem do Vídeo abaixo: Vida