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domingo, 20 de outubro de 2013

SOMBRA


Emudeci completamente...
Capítulo XX, volume II, Dom Quixote de La Mancha, A julgar pelo título “onde se conta as bodas de Camacho (...) imaginei estar diante do pior capítulo entre os dois volumes do livro que conta a história do “Cavaleiro da Triste Figura”. Aparências... Cervantes foi completo ao descrever um submundo que não ouso expor nessas páginas e nem em qualquer outra. Trago neste blog a condição de refletir sobre assuntos diversos e expor, com singularidade, e a termo, a substância extraída das letras. Pasmem, mas neste, não posso e não devo adentrar. Como todos os episódios traçados por Cervantes nos dois livros, ignoramos o porque de tanta “embromação” ou “extensão desnecessária” da leitura. Isso, porque somos dotados de muita ignorância a ponto de não parar para raciocinar o que significa não só cada capítulo, mas cada palavra pronunciada por Cervantes. Em toda a minha vida, embora com pouca leitura, jamais me deparei com obra tão importante e significativa. Sua preciosidade é incomparável e acho que aqui está o principal Capítulo da Obra, onde podemos localizar as razões das loucuras de Dom Quixote, suas convicções em dizer, por exemplo, que bacia de barbeiro é “Elmo de Mambrino”, como também, a busca irretratável por “Dulcinéia Del Toboso”. Menciono, agora, apenas, uma das páginas em que será preciso observar e interpretar além do que possa parecer vulgar, mergulhe profundamente até chegar na total escuridão do mar. Especialmente as mulheres e mães. Atentai-vos bem e Conclua:

“Fez Sancho o que seu amo lhe mandava e, pondo a sela em Rocinante e albarda no ruço, montaram ambos, e passo a passo foram entrando pela ramada. A primeira coisa que Sancho viu foi uma vitela inteira, metida num espeto que era um tronco de árvore, e no fogo onde se havia de assar ardia um monte de lenha, e seis olhas que estavam à roda da fogueira não se tinham feito na panela comum das outras olhas, mas em seis tinas, que em cada uma cabia um rebanho de carne; por isso, também dentro delas havia carneiros inteiros, que nem se viam, exatamente como se fossem uns borrachos; as lebres esfoladas e as galinhas depenadas que estavam suspensas das árvores, para irem para o caldo, não tinham conta; as aves e caça de vário gênero eram infinitas, penduradas também das árvores, para esfriar. Contou Sancho mais de sessenta odres, de mais de duas arrobas cada um e todos cheios, como depois se viu, de vinhos generosos; havia rumas de pão alvíssimo, como costuma haver montes de trigo nas eiras; os queijos, postos como ladrilhos empilhados, formavam uma muralha, e duas caldeiras de azeite, maiores que as de uma tinturaria, serviam para frigir coisas de massa, que com duas valentes pás se tiravam para fora e iam para dentro de outra caldeira de mel preparado, que ficava próxima. Os cozinheiros e cozinheiras passavam de cinqüenta, todos asseados, diligentes e satisfeitos. No dilatado ventre da vitela estavam doze pequenos leitões que, cozidos por cima, serviam para lhe dar sabor e fazê-la tenra; as várias especiarias parecia que se não tinham comprado aos arráteis, mas as arrobas, e estavam francas numa grande arca.
Finalmente, o aparato da boda era rústico, mas tão abundante, que podia sustentar um exército. Para tudo Sancho Pança olhava, e afeiçoava-se a tudo. Primeiro renderam-no e cativaram-lhe o desejo as olhas de que ele tomaria uma malga de muito bom grado; depois prenderam-lhe a vontade os odres; e ultimamente as massas e doces; afinal, sem poder sem mais, chegou-se a um dos solícitos cozinheiros e, com razões corteses e famintas, rogou-lhe que lhe deixasse molhar um pedaço de pão numa daquelas olhas.
_ Irmão _ respondeu-lhe o cozinheiro _, neste dia, graças ao opulento Camacho, não tem a fome jurisdição; apeai-vos, vede se há por aí uma concha, escumai uma ou duas galinhas, e que vos faça muito bom proveito.
(...) Eu sou o deus poderoso. No firmamento e na terra, e no vasto mar undoso. E em tudo o que o abismo encerra no seu báratro espantoso, nunca soube o que era medo; tenho o mágico segredo: De conquistar o impossível, e em tudo quanto é possível, Mando, tiro, ponho e vedo.” (CERVANTES, 2007, p. 161-162 , VOL. II)

FRASE MAIS DESPREZÍVEL DO CAPÍTULO
"No dilatado ventre da vitela estavam doze pequenos leitões que, cozidos por cima, serviam para lhe dar sabor e fazê-la tenra; as várias especiarias parecia que se não tinham comprado aos arráteis, mas as arrobas, e estavam francas numa grande arca."

REFERÊNCIA:

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha.Tradução: Conde de Azevedo e Visconde de Castilho. São Paulo: Martin Claret. Vol. II, 3ª ed. 2007



terça-feira, 15 de outubro de 2013

CASA DE DOIDA E SOBERBOS




"Quererias que eu lhe chamasse asno, atrevido e mentecapto; mas tal não me passa pelo pensamento; castigue-o o seu pecado e trague-o a seu bel-prazer, e que lhe não faça engulhos. O que não pude deixar de sentir foi que me apodasse de manco e de velho, como se estivesse na minha mão demorar o tempo, que parasse para mim, ou como se se tivesse saído manco de alguma rixa de taberna, e não do mais nobre feito que viram os séculos passados e presentes, e esperam ver os vindouros. Se as minhas feridas não resplandecem aos olhos de quem as mira, são estimadas, pelo menos, por aqueles que sabem onde se ganharam; que o soldado melhor parece morto na batalha do que livre na fuga: e tanto sinto isto que digo, que, se agora me propusessem e facilitassem um impossível, antes quisera ter estado naquela peleja prodigiosa do que são das feridas sem lá me ter achado. As cicatrizes que o soldado ostenta no rosto e no peito são estrelas que guiam os outros ao céu da honra, e ao desejar justo louvor; e convém advertir que se não escreve com as cãs, mas sim com o entendimento, que costuma aperfeiçoar-se com os anos. Senti também que me chamasse invejoso e me descrevesse, como a um ignorante, que coisa seja a inveja, que, verdade, verdade, de duas que há, eu só conheço a santa, a nobre e a bem-intencionada; e sendo, assim como é, não tenho motivo para perseguir nenhum sacerdote, que, de mais a mais, seja também familiar do Santo Ofício; e se ele o disse referindo-se a quem parece, de todo em todo se enganou, que desse tal adoro eu o engenho, admiro as obras e a ocupação contínua e virtuosa. Mas, efetivamente, agradeço a este senhor autor o dizer que as minhas novelas são mais satíricas do que exemplares, porque isso mostra que são boas, e não o poderiam ser se não tivessem de tudo.
Parece-me que dizes que ando muito acanhado, e que me mantendo demasiadamente dentro dos limites da minha modéstia. Sabendo que se não deve acrescentar mais aflições ao aflito, e as que este senhor deve ter são grandíssimas, sem dúvida, pois não se atreve a aparecer em campo aberto e com céu claro, encobrindo o seu nome e fingindo a sua pátria, como se tivesse feito alguma traição de lesa-majestade. Se porventura chegares a conhecê-lo, dize-lhe da minha parte que me não tenho por agravado, que bem sei o que são tentações do demônio, que uma das maiores é meter-se-lhe a um homem na cabeça que pode compor e imprimir um livro com que ganhe tanta fama como dinheiro e tanto dinheiro como fama (...)"
"Pensarão agora Vossas Mercês que é pouco trabalho inchar assim um cão?" [CERVANTES, 2007, p. 7-9, VOL. II]

REFERÊNCIA:

CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote de la Mancha.Tradução: Conde de Azevedo e Visconde de Castilho. São Paulo: Martin Claret. Vol. II, 3ª ed. 2007)



sábado, 12 de outubro de 2013

VENCEDORES



     Carta Anônima


    
     Tive ímpeto de ir adiante, de me atrever a dar mais alguns passos. Seria uma catástrofe. Ninguém conhece a vida como eu, ela é tão baixa, tão vil, que não se pode medir o tamanho da sua maldade. Ela coloca em nossas vidas pessoas e momentos que vão nos arrasar. Ainda assim, nos dá a capacidade de conseguir plenamente se levantar. Mas as marcas ficam eternamente. Nunca nos esquecemos das vezes que choramos em silencio, que caímos na vala mais profunda, mas, mesmo assim fingimos estar bem. Nos demos por vencedores.
     A verdade é que, se não se olha por onde pisa, a queda é incrivelmente dolorosa. E se não se sabe para onde vai; não ir é a melhor escolha. Coisas simples são tão complexas que não percebemos sua beleza. E todos nós temos um sexto sentido. Quanto mais vivemos iludidos pela beleza das palavras que esperamos ouvir, menos conseguiremos ouvir bons conselhos, que para nossa percepção, com o ego cego, são destrutivos. E é por aí que começa a queda. Aos poucos uma pequena pedra que desce uma montanha se torna a enorme bola de gelo. Fria e indestrutível.
     Algo como viajar ou comer sua comida preferida, não é felicidade. Ser feliz não é algo que se consiga com a combinação de momentos e coisas que te fazem feliz momentaneamente, felicidade é ter tudo que se precisa para sobreviver, ou não ter nada e ser tudo o que se precisa para ser alguém na vida. Viver sem olhar para os lados, ou para trás, é alienação. Desprender-se do passado é algo impossível, ele é responsável por quem você se tornou; não se deve tentar esquecê-lo. Viver sem olhar para os lados é burrice, pois você não sabe quem está ali para te guiar, e quem está ali para te dar uma rasteira. Olhe para todas as direções, a felicidade está onde menos se imagina, e ela se manifesta silenciosamente, de forma que só se percebe que é felicidade, tempos depois. Então, aproveite cada momento como se fosse o último, pois realmente, cada um deles é único, portanto, o último. E ame todos a sua volta, mesmo os que te maltratam, pois assim, a amargura não tomará conta do seu ser, dando à felicidade a passagem até você. E, principalmente, tome cuidado com o que diz, meça as palavras antes de dizer qualquer coisa, pois uma única palavra pode despertar um grande amor, como também pode fazer de alguém, seu inimigo mortal. Leve tudo na brincadeira; a vida é um jogo; mostre a ela que sabe jogar.
     E por fim, seja eternamente feliz, como lhe foi escrito no destino. Cada um de nós tem o poder de mudar o destino, com nossas ações. Faça escolhas certas.



                                             Ninguém
Texto: Yuri Hermann
Com tanta maturidade, Yuri, só me resta dizer a você... PARABÉNS! Nesta data tão significativa, dedico a música de Mercedes Sosa aos meus filhos, Yuri e Erik. Amanhã, entenderão o que eu quero dizer. Sorte, muita sorte na vida meus amores.









quarta-feira, 9 de outubro de 2013

RELACIONANDO AS MOSCAS E VERMES

Este espaço está reservado para relacionar, a longo a prazo, os mercenários e dementadores murtenses que utilizam do cargo público para formar bandos e capatazes na utilização de tortura psicológica , e consequentemente, física, de cidadãos respeitáveis e anti corrupção. É crime inafiançável, imprescritível, sem graça e sem anistia! Artigo 5º da Constituição Federal, incisos XLII; XLII e XLIV. Uma historinha fantástica que valoriza a vida humana contra a tirania de um período mínimo de 11 (onze) anos de tragédia e perseguição. Dedicaremos a relacionar, apenas, os catervas ilustres e residentes no arraiá.

1. "Caixa de Ressonância"
BINGO! "(...) me repreenderão os ignorantes, mas não me condenarão os justiceiros." Depois de todo o discurso dirigido exclusivamente as moscas contentes e vermes fedentes, mostrou as caras quem faltava na peça do quebra cabeça. Morena, alta, e a mesma caixa de ressonância de sempre. Porém, uma pequena renovação deste ser reluz nas redes sociais do FACEBOOK. Em aparência distinta de sua personalidade, aparece na respectiva rede trajando os paramentos de freira e com uma bíblia na mão. "Sangue de Jesus tem poder", Eis aí uma peça valiosa dentre outras já nomeadas como catervas de elite.  Que as bençãos de toda santidade caiam sobre ti.
Tanto a desejo na graça por ser "única em engenho, única em cortesia, extrema em gentileza, magnífica sem senão, grave sem presunção, alegre sem baixeza, e finalmente, primeira em tudo que é ser bom, e em segundo, em tudo que é desafortunado." 
Alegrar-vos-emos com tua presença e boa fama, pois, moscas e vermes não necessitam de cérebro. Quanto no respeito, por girar com os moinhos de vento, adquirindo por prêmio, "despojo da morte no meio da carreira da sua vida", a qual, procurava eternizar para que vivesse na memória das gentes.

2. Astronauta de Esgoto
Era previsível sua ostentação como braço direito da corrupção, mas não o era, quando da capacidade de torturar noite e dia sem razão.



1. "Top Dedo-duro Tanajura"
"A criança nunca sabe o que é um martelo até confundir o dedo com o martelo." (Stephen King)
Investindo em escárnio e espionagem a top do pelotão de monstros, vem recolhendo o dízimo público que a deixa ao alcance do Lixo a qual nunca saiu ao Luxo.  Renega a sua raça e o remédio é fingir com extrema pomposidade para parecer vencedora. É! Ela vai vencer! Vencer na vida onde estão festejando os vermes e os oradores de olhos vermelhos.  Pois é, essa aí está se especializando em atuar  nas situações de questão social, e, obrigatoriamente nas políticas sociais públicas, privadas, com o objetivo de mudar os rumos das políticas sociais do país. COF! COF! COF! COITADO DO POVO! Que escárnio! Ah, não! Não é verdade! Ela vai sair da função de Administrativo para nível superior já que acabou de obter graduação. Mais um contrato pessoal!  Seria bom mesmo... porque conviver com isso todos os dias, hummmm, que nojo! A morena escura, igualzinha a figura corcuuuunda ao lado, é a criatura em pele e osso. É um tal de saber quem tem as informações mais frescas para salvar a CORRUPÇÃO por aqui, que ninguém imagina o tamanho da boca da monstrenga. Procurem aos arredores de Vespasiano-MG e vão ver que não estou dizendo mentiras e nem exagerando. Perfil completo e o que salva é só a cor da pele negra. E para terminar, tenha certeza que a asa é de mosca e nada tem de ilustre. Só tenta IMITAR o que está fora do seu alcance, mais uma caterva que não pode faltar entre as moscas e vermes aqui relacionadas. A frase preferida dela é "HEI DE VENCER!" Combina com a carteira de identidade.

EM CONSTRUÇÃO...