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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

UM RECADO PARA FRANK

última alteração em 27.12.2012 ás 21:09 h

Uma bela infância no jardim de infância.
FRED! Guerreiro menino, homem menino!
Pêlos além de seu tempo e bem distribuídos.
Seria, apenas, a evolução acelerada do crescimento de uma criança?
Tão menino, tão homem...
O sino tocava...
A hora do recreio é autorizada.
Meninos e meninas, o pneu rolava.
No pátio, assim, tão de repente! Não mais que de repente.
Um grito se escutava.
Era o FRANK no chão
E de dor agonizava.
A um metro de distância, uma menina o admirava.
E naquela encenação não acreditava.
Com um olhar uma sentença proclamava,
Levanta-te e pára de palhaçada!
Olha que um pneu em suas pernas vai rolar!
As gargalhadas de FRANK ressoavam...
Um lindo sorriso se avistava
Mas, de sua perna esquerda não soltava.
Lentamente sua face empalidecia
E o sorriso emudecia.
Carregado, FRANK se vai para algum lugar
Os dias passaram e sem notícias ficávamos.
Fim de ano e em despedida
Lá estava o lindo FRANK
Que por uma cadeira de rodas andava.
(Carla Luciene)

"Sou estudante, sou estudante
sou herói, que se prepara para enfrentar esse gigante
que é o mundo, que é o mundo
Essa universidade que examina mais a fundo
Essa escola que não dá para dar moleza a vagabundo" (Luiz Ayrão)

Minha homenagem e minha amizade a FRANK. Agora só falta você!
Por você, para você e com você, relembro o primeiro episódio desse grande elenco do “Sitio do Picapau Amarelo” (Monteiro Lobato)



Entre a realidade e a fantasia, Monteiro Lobato deixa nesse primeiro episódio criado pela rede globo, uma crítica muito interessante sobre a cultura, a educação, o meio ambiente e a vida.
Uma demonstração da responsabilidade que cada indivíduo precisa exteriorizar uns com outros. Família!

Algumas partes muito interessantes podem ser observadas na entrevista de Geraldo Casé (memória Globo).  Consultem a página e matem a saudade!
Fazendo um pequeno comentário a respeito do conteúdo bem elaborado por esse magnífico diretor do “Sítio do Picapau Amarelo”, tais como:

  1. A personagem Emília:      Boneca de pano que após ir ao Reino das águas claras, toma uma pílula para falar.

“É feita de mazelas, não tem coração. ”
“Com Emília eu pude ver que a verdade é uma mentira bem contada”

Como é profundo isso! Ai, esse mundo cão!

Comenta ainda Geraldo Casé: “Como não tem coração, as emoções dela são completamente diferenciadas. O que ela possui é a frieza de uma boneca e ao mesmo tempo tem limites na emoção dela, não chora.”
Quanto significado tem essa "boneca gente"!
Faça um paralelo da Emília X Mundo.


  1. O medo: Geraldo Casé explica o medo que uma mãe deve impor a um criança.
Particularmente, vejo como todo ser humano tem uma alma de criança, egoísta, com um ego totalmente voltado para si. E o medo é uma conseqüência desse egoísmo, dos desejos e do mundo ao nosso redor.

  1. A preocupação com o meio ambiente: Um diálogo com Dona Benta e Pedrinho

- Dona Benta: “você não sabe que aqui no sítio não se corta uma árvore?
Outro momento
- Pedrinho apanha uma atiradeira e a Dona Benta segura a mão dele dizendo: “atiradeira, ali, para matar passarinho, de jeito nenhum.”
- Pedrinho: “Mas nem uma corroída em um passarinho tão feio,”
- Dona Benta: “Nem corroída, porque, ele é um pássaro, e um pássaro a gente não pode matar.”

  1. A morte de Visconde de Sabugosa:

“A morte do Visconde de Sabugosa foi importante porque tem uma lição muito grande. Você não ressuscita os mortos, mas o Visconde você pode ressuscitar, porque no sabugo tinha uma semente, então, quando você planta, você dá uma outra lição... que nascem outras vidas.”

  1. O sítio é atemporal

BELÍSSIMO, BELÍSSIMO!
Parabéns Geraldo Casé e a Rede globo de Televisão

REFERÊNCIA:

Adaptação: Paulo Afonso Grisolli, Wilson Rocha
Direção: Geraldo Casé
Supervisão: Edwaldo Pacote
Período de exibição: 07/03/1977 – 31/01/1986 
Horário:de segunda a sexta-feira, às 17h25

 




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