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sábado, 25 de janeiro de 2014

"QUANTA HONRA!"



Mais uma vez, e incansavelmente, faço-me valer sobre "O diário de um Banana", e não, O Diário de um bandido. Não é horrorosa? O tempo passa. Inacreditável!
É muito bom relembrar coisas e pessoas que em pequenos instantes se tornaram eternos.  Pessoas como Geraldo, Mestre Adriana, Mestre Lúcia e o mestre amigo. Nossos destinos seriam desviados mais cedo ou mais tarde. São vários, na verdade, e nesse instante é especial destacar essas quatro pessoas citando o discurso que silenciou o Minascentro. Você arrasou Madrinha!  Segue com riqueza e encanto suas tão sinceras palavras:

Queridíssimos afilhados! Turma tão pequena, mas tão doce.
Para amigos não se faz discurso.
Com amigos dispensamos os lhes, o vos, e usamos o você, a gente, nós...
Falando com amigos dispensam-se as formalidades, mas ganha-se em sinceridade, em lealdade.
Porque um amigo não precisamos impressionar.
Com amigos só queremos conversar.
E é conversando com vocês, meus doces e lindos amigos, que agora tornam-se também, meus colegas de profissão, que vou dizer da posição que venho hoje ocupar... da posição de paraninfa - de madrinha da turma. Quanta honra!
Há muito tempo atrás o encerramento de um discurso acontecia com o professor dando a ultima aula daquela turma. Era uma aula longa e estendia-se por horas infindas. E para tornar aquele momento mais solene era convidado a assistir ao encerramento, o mais ilustre dos profissionais dentro da futura área de atuação dos formandos. Assim, surgiram as figuras do Paraninfo e do Patrono.
Hoje, os tempos são outros, muita coisa mudou. A aula final foi substituída por este momento que vivemos agora. E o tempo dado ao paraninfo passou de horas perdidas para não mais que três minutos. 
Meus colegas de outrora, os paraninfos de então, com certeza, não passavam pelo o que eu estou passando agora.
Tenho a impressão de estar sentindo a mesma agonia da personagem Joana, da peça 'Gota d´agua' de Chico Buarque de Holanda, quando ela desesperada grita aos quatro cantos pedindo: "me dá só um dia! Não mais que um dia... um lindo dia", e eu aqui, querendo só mais uns minutos para contar o que aprendi de novo, dizer o que ainda não sei, pegar na mão de cada um e explicar que sou nada mais que um professor e muito pouco pude ensinar.
Queria ter tempo para dar mais um sorriso, tirar uma foto para guardar de lembrança, indicar velhos e novos livros.
Ficar mais perto, mais amiga... 
Eu tinha um tempo tão pequeno, e agora, já se foi... e eu nem comecei a dizer o que eu sinto por vocês.
Li uma vez em uma faixa pendurada em um lugar qualquer, uma mensagem que pensei... poderia ter sido deixada ali por mim pra vocês.
Ali estava escrito qualquer coisa que dizia: eu sempre soube que gostava muito de vocês, só não sabia que era tanto assim...
E agora? O que é que eu faço?
Não há nada a fazer... nada além de começar desde já, a morrer de saudades.  (Mestre Adriana)

Quanta emoção!               Era transparente em cada cadeira ocupada, em cada espaço ocupado e em cada ar que circulava. Muito mais descobri ao assistir o filme da solenidade, que naquele dia, estava lá, também, um Mestre amigo. Um mestre que encerrou o evento cantando "Amigos Para Siempre". Surpresa jamais sentida em toda a minha vida. Saudades de vocês.





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