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domingo, 16 de junho de 2013

PLUTÃO

"Os poderosos podem matar uma ,duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."

Plutão (Olavo Bilac)


Negro, com os olhos em brasa,
Bom, fiel e brincalhão,
Era a alegria da casa
O corajoso Plutão.

Fortíssimo, ágil no salto,
Era o terror dos caminhos,
E duas vezes mais alto
Do que o seu dono Carlinhos.

Jamais à casa chegara
Nem a sombra de um ladrão;
Pois fazia medo a cara
Do destemido Plutão.

Dormia durante o dia,
Mas, quando a noite chegava,
Junto à porta se estendia,
Montando guarda ficava.

Porém Carlinhos, rolando
Com ele às tontas no chão,
Nunca saía chorando
Mordido pelo Plutão . . .

Plutão velava-lhe o sono,
Seguia-o quando acordado:
O seu pequenino dono
Era todo o seu cuidado.

Um dia caíu doente
Carlinhos . . . Junto ao colchão
Vivia constantemente
Triste e abatido, o Plutão.

Vieram muitos doutores,
Em vão. Toda a casa aflita,
Era uma casa de dores,
Era uma casa maldita.

Morreu Carlinhos . . . A um canto,
Gania e ladrava o cão;
E tinha os olhos em pranto,
Como um homem, o Plutão.

Depois, seguiu o menino,
Seguiu-o calado e sério;
Quis ter o mesmo destino:
Não saíu do cemitério.

Foram um dia à procura
Dele. E, esticado no chão,
Junto de uma sepultura,
Acharam morto o Plutão.







sábado, 8 de junho de 2013

O CRIME DE AMEAÇA EM FORMA DE ARTE


        
É D`OUtRO mundo.
É problema, é complexo.
O crime acontece e não se enrubesce.
Nas madrugadas sombrias, a casa rosa empalidece
Por pinceladas ácidas e a cal
Uma horrenda aparência se manifesta
A arte lavra o anonimato continuado
E atesta o crime nas fissuras de uma janela.
Cria-se imagens, desenho e sugestões
Lapidadas e sofisticadas na habilidade de quem sabe
Vista-se nela uma breve amostra
De um passado envilecido, e o futuro, então, insculpido.
“In extenso o termo”:
Vivido por gente tenaz e forte
Ou simples lapidícola.
Lapidar, esculpir

As fissuras brincam de luz e forma
Onde há peixe, há isca
Como se explicaria?
Pinceladas em sintonia com a tela
as moscas grudadas e enraizadas a ela.
Ameaçar, invadir.
Sequências de uma história
A despertar o desejo lapidado na janela
Lapidar hoje! Lapidar amanhã! Reiteradamente.
Desenhar e desdenhar
Até a verdade se revelar
Cuidado! Eles têm a CHAVE da 2ª dimensão.
Há perigo por todo lado
Lado a lado da janela
Anjo de gás adormece
Explosão, loucura, mania de perseguição.
Eis aí a arquitetura em AÇÃO.

OBS.: se não pode vencê-los, use a imaginação e entre no parque de diversão.
Dominar o lado do terror com escandalosas gargalhadas eu vou.   Tchaca Tchaca Tchaca Tchaca tchá 
“É assim que se faz meu povo!”  


As "relíquias da morte" (Harry Potter)", coincidência ou vingança?
 INVASÃO A DOMICÍLIO
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BRINCANDO COM AS IMAGENS ACIMA
 

MANIA DE PERSEGUIÇÃO